Ética e Cidadania na Escola
"Na escola, o tema ética encontra-se, em primeiro lugar, nas próprias relações entre os
agentes que constituem essa instituição: alunos, professores, funcionários e pais. Em
segundo lugar, o tema Ética encontra-se nas disciplinas do currículo, uma vez que, o conhecimento não é neutro, nem impermeável a valores de todo tipo. Finalmente, encontra-se nos demais Temas Transversais, já que de uma forma ou de outra, tratam de valores e normas. Em suma, a reflexão sobre as diversas faces das condutas humanas deve fazer parte dos objetivos maiores da escola comprometida com a formação da cidadania."
(PCN: apresentação dos temas transversais, Ética Vol. 8 p. 32)
- Respeito mútuo – É a valorização de cada pessoa, independentemente de sua origem social, etnia, religião, sexo, opinião. Revelar seus conhecimentos, expressar sentimentos e emoções, admitir dúvidas sem ter medo de ser ridicularizado, exigir seus direitos são atitudes que compreendem respeito mútuo.
- Justiça - Num primeiro momento pode remeter à obediência às leis. Mas o conceito de justiça vai muito além disso. É a busca de igualdade de direitos e de oportunidades, o que pressupõe o julgamento do que é justo ou injusto.
- Solidariedade – É a expressão de respeito dos indivíduos uns pelos outros. Ser solidário é partilhar um sentimento de interdependência e tomar para si questões comuns. Solidariedade inclui desde a ajuda a um amigo até a luta por um ideal coletivo da sociedade.
- Diálogo – A comunicação entre as pessoas pode ser fonte de riquezas e alegrias. É uma arte a ser ensinada e cultivada. Mas atenção: o diálogo só acontece quando os interlocutores têm voz ativa. Limitar-se a impor visões de mundo sem considerar o que o outro tem a dizer não constitui um diálogo.
Parâmetros Curriculares Nacionais: fáceis de entender. Ética de 5ª a 8ª série.
Fundação Victor Civita, 2000 – p.36
Ética e transversalidade
Enquanto tema transversal, os conteúdos de Ética devem estar relacionados à vida dos
alunos. Os PCN definem quatro grupos de conteúdos para se trabalhar a Ética: respeito mútuo, justiça, solidariedade e diálogo. Caberá ao professor ter sensibilidade e perspicácia para trabalhar estes conteúdos na sala de aula no momento oportuno. Isso pode ocorrer a partir de uma notícia de jornal, revista ou televisão; alguma atividade feita pela comunidade ou pela escola (mutirão, festas;...) onde se evidencia a presença de valores como a solidariedade e a cooperação, das relações do convívio, do respeito mútuo, etc; uma briga entre os alunos ou algum comentário preconceituoso, etc. O professor deverá estar atento para não deixar escapar as oportunidades, qualquer acontecimento pode ser uma rica fonte para se debater com os alunos os conteúdos de Ética. Vale lembrar que o volume sobre Ética dos PCN, já traz "orientações didáticas" que oferecem "diretrizes gerais no que tange ao trabalho a ser realizado na escola". De acordo com a proposta dos PCN, existem "dois grandes momentos de experiências escolares" que propiciam a abordagem do tema Ética: 1- a aprendizagem das diversas áreas e temas; 2 - o convívio escolar. Pensamos que as contidas nos PCN são de grande ajuda para os professores das diversas áreas. Na tentativa de melhor visualizarmos a prática docente, sugerimos que o professor esteja atento a três situações, a partir das quais acreditamos que é possível trabalhar o tema transversal Ética nas suas respectivas disciplinas:
1ª Situação - a partir do planejamento
Em qualquer disciplina há o momento do planejamento. Planeja-se o ano letivo, planejam-se as aulas. No planejamento o professor tem claramente diante dos seus olhos os conteúdos a serem lecionados ao longo do ano. Portanto, o planejamento dá possibilidade ao professor de selecionar determinados conteúdos da sua disciplina que mais favoreçam trabalhar respectivamente tanto o específico da sua disciplina, como um determinado, conteúdo do tema transversal Ética. Assim, suponhamos que um professor de matemática planeje trabalhar uma simples questão de adição ou subtração. Este professor, pode perfeitamente elaborar a sua aula prevendo uma discussão/reflexão sobre justiça, respeito mútuo, solidariedade ou outros valores. Por exemplo, propondo uma questão simplória como: "Para o lanche do recreio, a mãe de José colocou três fatias de bolo. Mariazinha colega de José levou apenas uma banana. No recreio, José comeu uma fatia de bolo e deu outra para Mariazinha. Com quantas fatias de bolo José ficou?" Se o professor para nesta questão, ele não vai além do que até agora tem sido feito: exigir o conhecimento objetivo do aluno. Mas o professor pode refletir com seus alunos sobre a atitude de José, pode pensar porque ele tem mais do que Mariazinha..., ou seja, pode ajudar os seus alunos a compreender e sentir o que é justiça, solidariedade, dignidade humana, convívio, etc.
2ª Situação- a partir dos fatos
No bairro, na rua, na comunidade, na escola, sempre estão ocorrendo fatos significativos com respeito ao convívio, as relações humanas e sociais. Os alunos sejam crianças ou adolescentes, encontram-se inseridos nessas realidades e não lhes são indiferentes. Nada melhor para se trabalhar Ética do que refletindo, pensando a nossa realidade, sentindo a partir das experiências da vida a importância dos valores alicerçados na dignidade do ser humano. A realidade onde nossas escolas estão localizadas é muitas vezes marcada pela violência, pela injustiça, pelo desrespeito, pelo pouco valor à vida. Mas também vemos tantas experiências de solidariedade, de amizade, de amor ao próximo, de respeito à vida. O educador não pode ser indiferente a estes fatos do dia-a-dia. Ele pode e deve ajudar os seus alunos a ler esses acontecimentos e tirar um aprendizado para a sua vida; os PCN dão uma atenção especial para o convívio escolar. "Na escola, o tema Ética encontra-se, em primeiro lugar, nas próprias relações entre os agentes que constituem essa instituição: alunos, professores, funcionários e pais" (PCN: Ética, p.32). Pois bem, no convívio escolar nem tudo é um "mar de rosas: existem preconceitos, brigas, autoritarismo, desrespeito. Professores que agridem alunos, alunos que agridem professores, alunos que se agridem. Nesta história ninguém é santinho. Mas há responsabilidade e responsabilidade. Quem é o educador? É o professor. Portanto, é dele que deve partir o exemplo. As manifestações de injustiças, desrespeitos, preconceitos, vandalismos, violências, presenciadas na escola e na sala de aula devem, ser trabalhadas pelos professores. Sem moralismos ou legalismos, os professores podem ajudar os alunos a serem críticos diante de situações não éticas, a não aceitarem como normal o mal que é praticado fascínio do não ético não deve prevalecer. Por exemplo: se um aluno é o valentão da turma e quer resolver tudo na base da pancada, o professor deve intervir, ajudando os alunos e o próprio valentão a compreender que a sua "valentia" não é uma virtude para os nossos dias, já passou o tempo em que, tudo era resolvido pela força do mais forte. A turma não pode sair de um episódio semelhante sem que ninguém deixe bem claro que tais atitudes são erradas, pois desrespeitam o semelhante, prejudicam o convívio e nada resolvem. A regra de ouro da moral desde a Antiguidade é "não faças ao outro o que não gostarias que ele te fizesse". Este é um momento propício para se trabalhar o diálogo, o respeito mútuo, a dignidade humana.
3ª Situação – a partir de outras fontes
O professor também pode abordar o tema Ética, a partir de outras situações, como: uma
notícia de jornal, um filme, programas de vídeo game, um programa de TV, um desenho animado, uma música, revistas em quadrinho. Por exemplo: é bastante comum os alunos iniciarem a aula comentando algum episódio visto na televisão, na maioria das vezes envolvendo questões de ordem moral, o professor, infelizmente, na maioria dos casos corta a conversa pois acredita que não tem relação com a sua disciplina. Contudo, este pode ser um momento propício para se trabalhar Ética. Caso o professor não se sinta preparado no momento, ele pode estudar melhor aquela situação e depois propor a discussão com a turma num outro momento, já com mais elementos teóricos. O importante é que os alunos tenham a oportunidade de melhor aprofundar com critérios, o que veem e escutam, e não fiquem à mercê, do "eu acho" ou do que os meios de comunicação apresentam como sendo uma verdade absoluta.
Ética nas disciplinas
Ao planejar as atividades escolares, é fundamental que o professor selecione conteúdos que considerem dois pontos. Primeiro, despertar a curiosidades por diferentes formas de organização cultural e social existentes no mundo. Segundo, destacar os diferentes valores que sustentam o relacionamento entre as pessoas. Como tema transversal, a Ética pode fazer parte dos conteúdos de todas as disciplinas. Confira:
- Geografia e História – O estudo trata de relações humanas. Falar das transformações das diversas sociedades no tempo e na construção de seus espaços é remeter a discussão à questão de valores. Uma forma de compreender os conflitos do mundo contemporâneo é verificar como os valores foram gerados ou afirmados socialmente.
- Língua Portuguesa e Língua Estrangeira- Deve-se considerar que a língua é um dos veículos da cultura do país onde é falada e, portanto, carrega valores dessa cultura. As características da linguagem oral e escrita ou da norma culta em relação às outras formas de falar mostram as possibilidades do homem de manifestar-se em sociedade.
- Matemática – Os usos que se fazem do conhecimento matemático não são isentos de valores. A leitura de um gráfico sobre a realidade econômica brasileira, por exemplo, pode tanto amenizar quanto agravar uma situação. Nesse item, é preciso desenvolver uma atitude crítica diante da suposta neutralidade dos números e dados.
- Arte – As diversas formas de manifestação artística da humanidade revelam-se também visões de mundo e de valores. Ao lado das questões técnicas da produção, o fato de apreciar ou realizar uma obra para veiculação de valores e sentimentos.
- Educação Física – Questões relativas à competição e cooperação, conhecimento dos limites e possibilidades do próprio corpo, autodisciplina, aprendizado e respeito às regras remetem a valores e noções de sociabilidade e revelem uma boa oportunidade para abordar a formação moral.
- Ciências Naturais – Temas como neutralidade ou não do conhecimento científico, as relações entre esses conhecimentos e as técnicas e tecnologias, as transformações sociais causadas pelo avanço tecnológico estão impregnados de valores. Contextualizar e discutir esses assuntos contribui para a formação moral e ética.
Parâmetros Curriculares Nacionais: fáceis de entender. Ética de 5ª a 8ª série.
Fundação Victor Civita, 2000. p.36
Construindo cidadania
Pelo que até agora vimos à prática educacional para a cidadania, vai requerer dos educadores e da instituição escolar outra postura pedagógica. Isso, contudo, não ocorre da noite para o dia nem significa desmontar a educação para reconstruí-la, tarefa impossível e que implicaria na perda da experiência de conhecimentos, adquiridos ao longo da história. Devemos valorizar e aperfeiçoar as experiências positivas já existentes, aprender com os fracassos e aderir por inteiro ao desafio de sermos criativos inventivos enquanto educadores. O que agora apresentamos vai justamente nessa perspectiva de conhecermos experiências exitosas de se trabalhar a cidadania nas escolas, de oferecermos modelos para outro fazer pedagógico, de sugerirmos recursos didáticos e/ou destinados a capacitação dos educadores; bem como propiciarmos referências locais que podem ajudar os educadores na sua capacitação, busca de materiais sobre determinadas temáticas ligadas à cidadania e potenciais parceiros na prática pedagógica.
Aprendendo com a experiência
Diante do gigantesco desafio que a realidade brasileira coloca para a educação, com tantos problemas e deficiências qualquer um poderia desanimar e acreditar que nada pode ser feito. Afinal, no Brasil sempre foi assim e assim sempre será, certo? Errado. De norte a sul do país, de leste a oeste fervilham experiências super positivas que escolas, educadores, alunos e comunidades que passam a pensar e a fazer a educação de outro jeito.
São experiências que demonstram a criatividade de "gente que faz", que não fica só resmungando e achando que tudo está perdido. Das coisas mais simples presentes nas comunidades onde as escolas estão inseridas, fazem uma verdadeira educação para a cidadania. Nessas experiências podemos enxergar o tratamento dispensado aos alunos, o protagonismo de crianças e adolescentes, a relação da escola com a comunidade, a transversalidade que liga as disciplinas entre si e com a realidade, é formação de valores com os alunos exemplo de vida que ensina. São algumas dessas experiências que apresentamos a seguir e que sem dúvida, servem de exemplo e motivação para as nossas escolas municipais.
Respeito é bom e dá certo
A escola Professora Carmem Mendes Carvalho localiza-se num dos bairros mais violentos
de Tambaú, no interior de São Paulo. Em suas redondezas, o retrato das condições de vida: depredação por toda parte. Mas, por dentro do estabelecimento de ensino uma surpresa: salas de aula bem conservadas, paredes limpas, vasos com flores e material escolar, inclusive TV, em perfeito estado. Milagre? Não. A escola conseguiu fugir a regra local depois de implantar um projeto de recuperação do ambiente. "Antes as instalações eram sempre vandalizadas", diz a diretora Vanilda Célia da Silva. "O que fizemos aqui foi simples, mas também difícil, porque constituiu um desafio: tornar a escola um lugar em que as pessoas respeitam e também são respeitadas". Muitos pedidos feitos pelos alunos foram atendidos. Um deles, a criação na escola da réplica de um supermercado. É que muitas crianças sonhavam trabalhar como caixa do supermercado da cidade. O cenário auxilia as aulas de matemática. A sala de leitura ganhou atmosfera acolhedora, repleta de almofadas. A comunidade também entrou no projeto, convidada a participar de atividades como fanfarras ou a promover eventos no interior da escola. A partir de então, os mais de 500 alunos, parte deles filhos ou parentes de presidiários da Cadeia Pública de Tambaú, tomaram gosto pela escola.
Fonte: Parâmetros Curriculares Nacionais: fáceis de entender. Ética de 5a 8série. Fundação Victor Civita. 2000. p.35)
SUGESTÕES DE ATIVIDADES
Dinâmica 1: A VIDA COMO DIREITOObjetivos:
- Refletir sobre o valor da vida, estruturador de todos os demais direitos, como direito
- Desenvolver uma visão crítica em relação às estruturas sociais que determinam as condições de vida das pessoas e grupos sociais na sociedade brasileira, no contexto da problemática latino-americana;
- Comprometer-se com ações concretas de solidariedade que busquem promover o direito à vida.
1° momento: A Festa da vida
Trata-se do momento da apresentação. Com esta dinâmica pretende-se criar um ambiente
de descontração, onde os "convidados" possam trocar algumas informações pessoais e, assim, estabelecer um primeiro contato.
O local da festa pode ser preparado, visando a sensibilizar os jovens para o evento. Por
isto, é adequado providenciar, por exemplo, lanche, músicas e enfeites.
Para a dinâmica da apresentação indica-se:
Convite |
A festa da vida Nome:_________________________________________________________________ Data de nascimento: _____________________________________________________ O que você mais gosta de fazer para se divertir? _______________________________________________________________________ Indique um local em que você conheceu algum amigo importante na sua vida _______________________________________________________________________ Divirta-se |
- Solicitar o preenchimento do convite da festa. Logo que chegarem ao local, os
auxiliem na sua identificação.
- Pedir que os participantes coloquem os convites numa caixa. Depois, cada pessoa retira um convite (devolvendo e pegando outro, caso tenha retirado o próprio).
- Sugerir que cada um procure a pessoa que está com seu convite e, ao encontrá-la, trocar informações e conversar a partir dos dados que o convite contém. Desse modo, vai-se criando uma rede de comunicação entre os participantes da festa.
- Feitas as apresentações, cada convidado deve entregar o seu convite a você, coordenador, credenciando-se para participar da etapa seguinte da oficina.
2° momento: Imagens da Vida
Esta dinâmica exige que o Coordenador, selecione previamente 2 ou 3 fotos (dependendo
do número de participantes), que sejam significativas para a realidade do grupo e, faça delas um quebra-cabeça. Colar as fotografias em cartolina de cores diferentes e recortá-las em pedaços irregulares para formar os quebra-cabeças.
Tudo pronto, sugere-se a seguinte dinâmica:
- Entregar a cada participante uma parte do quebra-cabeça, construído a partir da
- Estimular a organização de grupos, adotando como critério as cores das peças dos
- Levar cada grupo a montar o seu quebra-cabeça.
- Em seguida, incentivar o diálogo com base nas perguntas: Que sentimentos estas fotos
- Depois, pedir para que os grupos leiam alguns artigos da Declaração Universal dos
à Vida"* discutir livremente, aprofundando o tema.
- Para finalizar esta etapa, solicitar que cada grupo faça um cartaz-síntese das discussões realizadas, para posterior apresentação em plenário.
3° momento: O Direito à Vida em Nossa Sociedade
Aqui, o momento certo para enriquecer ainda mais a discussão conjunta, em plenário,
propõe-se:
- Solicitar que cada grupo apresente a síntese do trabalho realizado na etapa anterior.
- Após todas as apresentações, incentivar a ampliação do debate através de perguntas
Quando você acha que ele é respeitado? Quais as principais violações a este direito?
4º momento: Direito à Vida: Nosso Compromisso
O momento é de clímax e para alcançá-lo sugere-se:
- Colocar, na parede, dois papéis pardos grandes, contendo, cada um, as perguntas: O que foi mais significativo neste tema? Como podemos nos comprometer para que este
- Pedir que todos respondam individualmente as perguntas, registrando as respostas nos
ilustrá-las com fotos disponíveis sobre o tema.
- Para concluir, o coordenador deve fazer uma síntese final e favorecer um diálogo que
Esses três textos sugeridos pelas autoras são os recursos de apoio por elas propostos para essa oficina. Como aqui nossa intenção é apresentar modelos de oficinas pedagógicas, auxiliando assim o professor a preparar as suas próprias oficinas de acordo com a realidade dos seus alunos, colocamos apenas a título de exemplo de recursos de apoio, alguns artigos da Declaração Universal dos Direitos Humanos e o Estatuto da Criança e do Adolescente e transcrevemos somente o primeiro parágrafo do texto Direito à Vida .
Material necessário:
Para esta oficina é preciso dispor de: pedaços de cartolinas para convites; caixas para convites; cola; tesoura; fita adesiva; papel pardo – diversas folhas; cartolinas- diversas folhas; canetas hidrocor de diferentes cores; fotos significativas para realidade do grupo (2° momento) e relacionadas ao tema (4° momento).
Recursos de apoio:
Texto 1 - Declaração Universal dos Direitos Humanos
Artigo 1°- Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e direitos e,
dotados que são de razão e consciência, devem comportar-se fraternalmente uns com os outros.
Artigo 3° - Todo indivíduo tem direito à Vida, à liberdade e segurança de sua pessoa.
Texto 2 - Estatuto da Criança e do Adolescente
Artigo 7°- A criança e o adolescente têm direito à vida e a saúde, mediante a efetivação de
políticas sociais públicas que permitam o nascimento e o desenvolvimento sadio e harmonioso, em condições dignas de existência.
Texto 3: Direito à Vida
A vida é necessária para que uma pessoa exista. Todos os bens de uma pessoa, o dinheiro e
as coisas que ela acumulou, seu prestígio político, seu poder militar, o cargo que ela ocupa, sua importância até seus direitos, tudo isso deixa de ser importante quando acaba a vida. Tudo que uma pessoa tem acaba, perde o valor, deixa de ter sentido, quando ela perde a vida. Por isso pode-se dizer que a vida é o bem principal de qualquer pessoa, é o primeiro valor moral de todos os seres humanos. (...). Dalmo de Abreu Dalari. Viver em Sociedade. Moderna. São Paulo. 1985
"Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e direitos e, dotados que são de razão e consciência, devem comportar-se fraternalmente uns com os outros."
Autora: Vera Maria Candau et. alli.
Fonte: CANDAU, V; M. et alU. Tecendo Cidadania:. oficinas pedagógicas de direitos
humanos.Petrópolis: Vozes, 1999.
Dinâmica 2: A LÂMPADA DE ALADIM
Ficha de Trabalho
Você encontrou uma lâmpada mágica – a lâmpada de Aladim.
Você tem direito de fazer um pedido ao gênio.
Escreva seu pedido dentro da lâmpada.
Objetivos:
- Expressar valores, necessidades e desejos individuais;
- Perceber os valores do grupo.
1. Grupo em círculo, sentado.
2. Distribuir lápis e ficha de trabalho a cada participante, pedindo que todos respondam ao
que é solicitado, individualmente. Tempo.
3. Cada pessoa apresenta para o grupo o seu pedido, colocado na ficha de trabalho. O
facilitador prende as fichas na parede, a medida que vão sendo apresentadas, agrupando-as de acordo com os seguintes critérios:
- pedidos feitos em benefício próprio;
- pedidos feitos em benefício do outro;
- pedidos feitos em benefício da coletividade.
4. Quando todos os pedidos tiverem sido apresentados, o facilitador pede ao grupo que
tente perceber qual foi o critério adotado para agrupamento. Tempo
5. Plenário – discutir os seguintes pontos:
– Que critérios você pensa terem sido escolhidos pelo facilitador para o agrupamento
dos pedidos?
– Algum agrupamento contém número de escolhas maior do que os demais? O que isto
significa para você?
– O que lhe chamou mais atenção em todos os pedidos?
– Se fosse dada ao grupo a oportunidade de fazer um pedido, o que você acha que este
grupo pediria?
6. Fechamento: o facilitador reflete com o grupo sobre a importância de todos os pedidos,
pontuando o fato de que a satisfação pessoal também é composta pelo bem- estar coletivo.
Material necessário:
Ficha de trabalho, lápis, fita crepe.
Comentário:
O ponto essencial deste trabalho é a expressão das necessidades, sonhos e desejos pessoais, grupais e coletivos.
O facilitador deve ficar atento para não valorizar um tipo de pedido em detrimento de outro. Todos são legítimos. No entanto, não pode deixar de analisar com o grupo os eventuais desequilíbrios que favoreçam apenas uma dimensão, possibilitando assim uma reflexão existencial mais profunda.
Esta dinâmica pode ser utilizada, também, como diagnóstico do grupo quanto às suas necessidades e desejos.
Autoras: Margarida Serrão e Maria Clarice Baleeiro.
Fonte: SERRÃO, M. e BALEEIRO, M. C. Aprendendo a Ser e a Conviver. São Paulo:
FTD, 1999.
Dinâmica 3: VALORES FAMILIARES
Objetivo: Identificar valores e mensagens transmitidos pela família.
Materiais necessários: Ficha de trabalho e lápis.
Desenvolvimento:
1. Grupo em círculo, sentado.
2. Distribuir ficha de trabalho e lápis, pedindo que respondam individualmente às questões contidas na ficha.
3. Dividir o grupo em cinco subgrupos. Cada subgrupo fica responsável por uma das questões da ficha de trabalho.
4. Solicitar a cada subgrupo que discuta as respostas individuais à questão que lhe coube, registrando os pontos comuns. Tempo.
5. Cada subgrupo apresenta suas observações.
6. Plenário - comentar os pontos de discussão:
* Que valores são especialmente importantes para a sua família?
* O que lhe chamou a atenção de tudo o que ouviu?
* Como se sente em relação à diversidade de valores do grupo?
7. Fechamento: o facilitador ressalta para o grupo que os valores que possuímos influenciam nossas atitudes, decisões e comportamentos. Nenhum ser humano vive sem um núcleo de princípios interiores que orientem sua interpretação do mundo, dando sentido e direção para sua vida.
Ficha de trabalho:
O que sua família pensa sobre:
1. Ter bom desempenho na escola?
2. Participar de grupos sociais, grêmio estudantil...?
3. Ter um emprego?
4. Ter relações sexuais?
5. Ter religião?
6. Respeitar as leis?
Fonte: Projeto Adolescência Criativa Olodum. Dinâmica publicada na edição nº 372, Novembro de 2006, página 15.
Dinâmica 4: EU SOU ALGUÉM
Objetivo: Perceber os valores pessoais; perceber-se como ser único e diferente dos demais.
Material necessário: Folhas de papel e lápis.
Descrição da dinâmica:
1. Em círculo, sentados;
2. Distribuir uma folha para cada um, pedindo que liste no mínimo dez características próprias. Dar tempo;
3. Solicitar que virem a folha, dividam-na ao meio e classifiquem as características listadas, colocando de um lado as que facilitam sua vida e do outro as que dificultam. Dar tempo;
4. Em subgrupos, partilhar as próprias conclusões;
5. Em plenário: - Qual o lado que pesou mais? - O que descobriu sobre você mesmo, realizando a atividade?
Material necessário:
1. A consciência de si mesmo constitui-se no ponto inicial para cada um se conscientizar do que lhe é próprio e das suas características. Com este trabalho é possível ajudar aos participantes a se perceberem, permitindo-lhes a reflexão e a expressão dos sentimentos referentes a si próprios;
2. Deve ser utilizada em grupos menores, cerca de 20 participantes.
Fonte: "Dinâmica de Grupos na Formação de Lideranças" - Ana Maria Gonçalves e Susan Chiode Perpétuo, editora DPeA. Artigo do jornal Mundo Jovem publicado na edição 340, setembro de 2003, página 16.
Dinâmica 5: SOMOS NÓS QUE FAZEMOS A VIDA
1) Coloque uma música de fundo e peça que as pessoas circulem pelo espaço onde estão e, em silêncio, pensem nas coisas que ameaçam as suas vidas (violência, doenças, trânsito etc.);
2) Peça para que continuem caminhando e falando, em voz alta, como se sentem frente a essas ameaças;
3) Pare a música e peça às pessoas que expressem com o corpo esses seus sentimentos. E permaneçam assim, paralisados, como se fossem estátuas, expressando seus sentimentos de medo, cansaço, tristeza, decepção, raiva, indiferença, pavor frente ao que lhes ameaça a vida;
4) Depois de alguns minutos, convide a repetirem a frase: Somos nós que fazemos a vida, como der, ou puder, ou quiser;
5) Convide as pessoas a tomarem uma atitude: a permanecerem assim paralisadas ou a deixarem de ser estátuas, a se sacudirem, e a dizerem bem alto os seus desejos para a vida, o que buscam na vida: paz, dignidade, alegria, amor, etc;
6) Todos voltam a fazer um minuto de silêncio para assumirem um compromisso em favor da vida, para si e para os outros, enquanto ouvem baixinho a música O que, o que é?;
7) Aumente o volume e convide a todos para cantarem com entusiasmo;
8) Finalize com um momento de partilha sobre os sentimentos que trazemos conosco em relação à vida e como eles influenciam as nossas atitudes, deixando-nos paralisados ou mobilizados na defesa da vida.
Dinâmica publicada junto ao artigo "E a vida, o que é? " na edição nº 383, jornal Mundo Jovem, fevereiro de 2008, página 11.
Dinâmica 6: MURAL DA PAZ
Este é um trabalho para ser mantido em exposição. Assim, outras pessoas terão a oportunidade de receber essa mensagem de paz. Este mural não inspira solidariedade apenas em quem trabalha nele, mas em qualquer um que esteja disposto a construir um mundo melhor. Uma opção que gera a inclusão é convidar grafiteiros da comunidade para fazer o mural da paz nas paredes da escola!
Material necessário:
• Folhas de papel grande para forrar a parede;
• Tinta e outros materiais que se deseje utilizar na montagem;
• Cola ou fita adesiva.
Desenvolvimento:
• O grupo faz um painel de papel para desenhar ou prepara uma parede para ser pintada.
• Tudo o que se tem a fazer é representar, cada um a seu jeito, o que entende por Cultura de Paz. É aconselhável colocar, no local que vai ser pintado, os seis pontos do Manifesto/2000: respeitar a vida, rejeitar a violência, ser generoso, redescobrir a solidariedade, preservar o planeta e ouvir para compreender.
• Cada participante começa trabalhando num pedaço do mural e, depois, todos podem interagir e completar os desenhos feitos por todos. Ao final, cada um pode completar o desenho com uma frase sobre o que acha necessário fazer para atingir a paz.
• Outro ponto importante desta atividade é o próprio resultado. Como as pessoas enxergam a questão da paz? Quais foram os elementos que mais apareceram? O que falta na nossa vida pessoal e coletiva para atingir essa paz?
Fonte: Paz, como se faz?, de Lia Diskin e Laura Gorresio Roizman. Dinâmica publicada junto ao artigo "Sozinho, ninguém se salvar" na edição nº 381, jornal Mundo Jovem, outubro de 2007, página 15.
Dinâmica 7: SOLIDARIEDADE É A GENTE QUE FAZ
Objetivo: conscientizar-se da importância da solidariedade na convivência social.
Material: revistas, jornais, papel ofício, cola, fita crepe, hidrocor, papel metro.
Desenvolvimento:
1) Formar subgrupos.
2) Distribuir material aos subgrupos.
3) Cada subgrupo deve montar, com o material recebido, um painel no qual apresente situações de solidariedade, em oposição a situações individualistas, dando um título sugestivo para o trabalho.
4) Apresentação dos painéis, seguida de discussão sobre os pontos que mais chamarem a atenção do grupo.
5) Plenário - discutir as seguintes questões:
- Qual a importância da solidariedade na sociedade contemporânea?
- De que iniciativa solidária você já participou?
- Que pessoas e organizações são exemplos de solidariedade no bairro, na escola, na sociedade?
6) Fechamento: o facilitador ressalta para o grupo o valor da solidariedade para o enfrentamento de questões como fome, educação, saúde, emprego etc.
Fonte: "Aprendendo a ser e a conviver", Fundação Odebrecht, Editora FTD.
Dinâmica publicada junto ao artigo "Cooperativismo e associativismo, um cenário de economia solidária" na edição nº 378, jornal Mundo Jovem, julho de 2007, página 14.
Dinâmica 8: MEU PRESENTE / MEU FUTURO
Objetivo: Perceber que a construção do futuro depende das vivências e escolhas do presente.
Material: Papel ofício, lápis, lápis de cera e fita crepe.
Desenvolvimento:
1. Grupo espalhado pela sala, sentado.
2. Distribuir para os participantes, papel, lápis preto e de cera, solicitando que representem através de desenho, o momento que estão vivendo, compondo um retrato intitulado "Meu presente". Tempo.
3. Quando todos tiverem terminado, distribuir nova folha de papel, pedindo que componham a representação do futuro que imaginam e gostariam para si. A este retrato devem chamar "Meu futuro". Tempo.
4. Cada participante apresenta para o grupo seus desenhos, explicando seu significado.
5. Quando as apresentações terminarem, o facilitador pede que, de um em um, cada adolescente prenda seus desenhos na parede, mantendo entre o "presente" e o "futuro" uma distância que represente a separação que existe entre sua vida atual e o que almeja seguir.
6. Plenário - falar sobre a distância existente entre o presente e o futuro e sobre como pretende aproximar esses momentos, salientando que o projeto de vida é que faz a ponte entre esses dois tempos, possibilitando o enfrentamento das condições adversas.
Fonte: Margarida Serrão e Maria Clarice Baleeiro, do livro "Aprendendo a ser e a conviver!, ED. FTD, 1999.
Dinâmica 9: JÚRI SIMULADO
Objetivo: Debater o tema, levando os participantes a tomar um posicionamento; exercitar a expressão e o raciocínio; amadurecer o senso crítico.
Participantes:
Juiz: dirige e coordena as intervenções e o andamento do júri.
Jurados: ouvirão todo o processo e no final das exposições, declaram o vencedor, estabelecendo a pena ou indenização a se cumprir.
Advogados de defesa: defendem o "réu" (ou assunto) e respondem às acusações feitas pelos promotores.
Promotores (advogados de acusação): devem acusar o "réu" (ou assunto), a fim de condená-lo.
Testemunhas: falam a favor ou contra o acusado, pondo em evidência as contradições e argumentando junto com os promotores ou advogados de defesa.
Descrição da dinâmica:
1. Divide-se os participantes, ficando em números iguais os dois grupos - todos os participantes (exceto o juiz e os jurados) podem ser testemunhas.
2. Os promotores devem acusar o Neoliberalismo, a partir da realidade concreta da comunidade/bairro - município. Definir o Neoliberalismo como causa do desemprego, da fome, da violência e da miséria em que vive a maioria da população.
3. Os advogados defendem o Neoliberalismo. Defini-lo como sistema que respeita a liberdade individual, que promove a livre iniciativa e que desperta a criatividade e o espírito de competição em favor do bem de todos.
4. As testemunhas devem colaborar nas discussões, havendo um revezamento entre a acusação e a defesa, sendo que os advogados podem interrogar a testemunha "adversária".
5. Terminado o tempo das discussões e argumentações dos dois lados, os jurados devem decidir sobre a sentença. Cada jurado deve argumentar, justificando sua decisão.
6. Avaliação e comentários de todos sobre o assunto discutido.
*Obs.: é importante fixar bem o tema, bem como os fatos que serão matéria do julgamento. Para isso poderá haver uma combinação anterior com todas as partes, preparando com antecedência, os argumentos a serem apresentados.
Giélia Silva Macedo,
Assistente Social e professora de Sociologia no Colégio Modelo, Itapetinga-BA.
Endereço eletrônico gieliasm@bol.com.br
Artigo publicado na edição 339, agosto de 2003, página 20.
Dinâmica 10: OS JOVENS FRENTE AOS DESAFIOS DO MUNDO DO TRABALHO
O que vou ser quando crescer? Essa é uma pergunta que nos acompanha durante toda a infância e adolescência. São muito diversos os nossos sonhos: jogador de futebol, cantor, professor, contador, cabeleireiro, cientista, atriz ou ator de TV, médico, advogado...
Objetivo: Discutir o papel da educação dos jovens frente aos desafios do mundo do trabalho.
Aplicação da dinâmica:
a) Procure lembrar um pouco da sua infância. Quais era os seus sonhos? Que profissão você gostaria de ter? Por quê?
b) Esse sonho mudou com o passar dos anos? Que sonho você tem hoje, vivendo a juventude? Que futuro profissional você sonha ter?
Agora vamos fazer um debate:
1. Sentar em círculo. Cada um da turma deve expor para o grupo as suas próprias experiências em relação ao trabalho e à educação. Fale sobre você e tente expor para os colegas as suas experiências e pontos de vista sobre as seguintes questões:
a) Quais são as suas experiências educacionais dentro e fora da escola?
b) Que tipo de estudo e de qualificação profissional pode ajudá-lo a crescer no mundo do trabalho? Por quê?
2. - Depois da realização do debate escreva uma frase que expresse o que você está sentindo e pensando após ter ouvido os colegas e falado sobre as suas próprias experiências em relação ao trabalho e à educação.
3. - Montar um painel com as frases de todos.
4. - Escolher, juntamente com o grupo, um título interessante para o painel.
Fonte: Pro Jovem - Guia de Estudo - Unidade 2.
Dinâmica 11: DIA DO ESTUDANTE - ROTEIRO PARA TRABALHO EM SALA DE AULA
Objetivo: Discutir sobre o papel do(a) estudante na luta por direitos e motivar a organização da Semana do(a) Estudante na escola.
Ambiente: Frases cortadas em forma de quebra-cabeça e embaralhadas, com pedaços para todos os participantes. Elas devem falar sobre Protagonismo Estudantil, a organização dos(as) estudantes, seus espaços de atuação e as lutas estudantis. Exemplos de frases: "Somos jovens e queremos viver de forma plena e bela a nossa cidadania", "Somos estudantes e nos organizamos para fazer a diferença em nosso país", "Na escola há muitos espaços que podem ser ocupados para a luta e mobilização pelos direitos dos estudantes", "Devemos exercer nossa cidadania e lutar pela garantia dos direitos a todos e todas".
Passos:
1ºOuvir a música "Vamos fazer um filme" (Renato Russo)
2ºEnquanto a música toca, cada participante deve pegar um pedaço do quebra-cabeça.
3ºMotivar para que os(as) participantes montem as frases. Cada grupo será formado ao unir os pedaços do quebra-cabeça.
4ºCada grupo discute sobre o conteúdo da frase que montou e o que pode ser feito para que essas frases possam se tornar realidade na sua escola.
5ºA apresentação dos grupos pode ser feita através de texto, encenação etc. que represente como seria a escola se a frase em questão fosse realidade. As ações sugeridas nos grupos podem ser listadas em um cartaz.
6ºMotivar para que a turma discuta, a partir das sugestões dos grupos, quais as ações podem ser realizadas na escola durante a Semana do(a) Estudante.
7ºOuvir novamente a música.
8ºConcluir motivando os(as) estudantes a se organizarem para desenvolverem essas ações.
Dinâmica 12: DINAMIZANDO O GRUPO
Objetivo: Promover a comunicação entre todos os participantes do grupo.
Material: Papel ofício e lápis.
Desenvolvimento:
1) Grupo em círculo, sentado.
2) Cada participante recebe uma folha de ofício em branco, escrevendo o seu nome no alto dela.
3) A um sinal do facilitador, todos passam a folha para o vizinho da direita, para que este possa escrever uma mensagem destinada à pessoa cujo nome se encontra no alto da folha.
4) Assim, sucessivamente, todos escrevem para todos até que a folha retorne ao ponto de origem.
5) Fazer a leitura silenciosa das mensagens recebidas.
6) Em um plenário, comentar com o grupo o seu trabalho:
- O que foi surpresa para você?
- O que já esperava?
- O que mais o(a) tocou?
Fonte: Projeto Memorial Pirajá - Bahia.
Dinâmica 13: Jogo das Virtudes na Evolução
Objetivo: Compreender algumas virtudes e seu papel na nossa evolução espiritual.
Idade Sugerida: De 10 a 14 anos.
Material: Folha de papel Kraft, cola, tiras de papel, canetinhas, folha de questões e respostas (para o coordenador).
1) Divida a turma em duas ou três equipes e desenhe, numa folha de papel Kraft, uma escada de dez degraus para cada uma.
2) Entregue dez tiras de papel para cada equipe escrever suas respostas. As tiras devem ser da mesma altura dos degraus e largas o suficiente para caberem as palavras.
3) Explique que vamos fazer um jogo. Você dará algumas pistas para descobrir o nome de uma virtude. Cada equipe terá 20 segundos para dialogar e responder, numa palavra, a que virtude você está se referindo. Veja abaixo as dez questões e respostas:
QUESTÕES E RESPOSTAS PARA O COORDENADOR
Saber esperar nossa vez e não ficar irritado quando as coisas demoram são mostras desta virtude. Como se chama? PACIÊNCIA
Ajuda-nos a colocar ideias em ação e faz com que nos sintamos úteis. Tudo - os livros, as casas, a comida, as invenções - é fruto dele. O que é o que é? TRABALHO.
Dar a cada um segundo suas obras e seu merecimento faz parte desta virtude. Qual é ela? JUSTIÇA.
Saber agradecer pelo que temos e recebemos todos os dias é o significado desta virtude. Como se chama? GRATIDÃO.
Feita de palavras e ações, é a virtude que nos pede para cumprir nossos deveres e promessas. Quem a possui faz sempre o melhor possível. Qual é ela? RESPONSABILIDADE.
Quem ajuda, estende a mão a quem precisa, põe em prática esta virtude. Qual é ela? CARIDADE.
Transparente e sincera não fingem nem inventa de ser o que não é. Quem é? SIMPLICIDADE.
Estabelecer objetivos e levá-los a sério, fazendo o que for necessário para atingi-los, sem desanimar, fazem parte desta virtude, que é a... DISCIPLINA.
Aceitar um desafio ou resolver um problema? Quem possui esta virtude não tem medo de enfrentar dificuldades. O que é o que é? CORAGEM.
Querer bem e gostar são parte de um sentimento que faz a vida valer a pena, e que se chama... AMOR.
4) As respostas corretas serão coladas na escada, começando de baixo para cima. As respostas erradas não serão usadas. Vence a equipe que chegar mais alto.
5) Peça para um representante de cada equipe desenhar uma "pessoinha" no degrau onde conseguiram chegar.
6) No final, equipe vencedora irá abraçar os demais jogadores.
7) Diálogo: Olhando para estas escadas, podemos compreender um pouco como é que os Espíritos evoluem moralmente. Quanto mais virtudes conquistamos para nosso coração, significa que mais evoluímos. Mas não basta tê-las, é preciso agir com elas e sempre aprimorá-las...
8) Opção: a equipe que se lembrar das virtudes que faltaram na sua escada e escrever numa folha separada, ganhará um ponto extra.
Baseado na atividade proposta por Selma Said em seu livro "Meu Coração Perguntou", Ed. Vozes.
Dinâmica 14: Recreio com cores
A docente prepara cartões coloridos de acordo com o número de alunos. Exemplo: 04 cartões de cada cor – azul, amarelo, verde, vermelho, branco e laranja para distribuí-los aleatoriamente entre 24 crianças. Propõe então, um recreio diferente: " Hoje vocês passarão o recreio com os(as) coleguinhas que receberem a mesma cor do cartão que cada um de vocês receberá. É uma oportunidade de nos conhecermos melhor ainda. Será um recreio colorido, diferente e, no retorno, conversaremos sobre as experiências de cada grupo." A professora distribui os cartões e solicita que antes de saírem para brincar e lanchar, que se organizem nos grupos e conversem sobre a cor recebida (o que ela simboliza para cada um, o que existe nessa cor...).
A reflexão após o recreio é de extrema importância para a construção de alguns valores.
Dinâmica 15: Correio da Amizade
Sortear entre os colegas um "Amigo Secreto", escrever para ele; a turma e a professora vão até o correio e esperam pelo momento da revelação em casa, ou seja, o dia em que as correspondências chegarem nas residências de cada um!
Cada turma fixa uma caixa de correio (feita de caixa de sapato) no lado de fora da porta da sala de aula. Durante um determinado período, as turmas vão trocando correspondências. Para culminar o trabalho, pode-se planejar um piquenique entre elas.
Dinâmica 16: Cantinhos
Nos murais de sala, alguns cantinhos podem ser organizados. Exemplos: "Recadinhos do Coração" (os alunos fixam bilhetes para crianças que retornam às aulas após um período de faltas, expressam sentimentos espontâneos ou observações sobre as atitudes dos colegas, por meio da escrita ou do desenho... e a docente vai trabalhando e estimulando.) / "Galeria do posso, não posso" (cada aluno confecciona duas telas em pintura expressando por meio de desenhos atitudes de grupo- "posso, não posso". A professora expõe as telas e discute-se, a partir daí, as normas de atitudes entre os integrantes da turma que irão vigorar durante o período letivo. Dessa forma, o comprometimento é maior, ou seja, são eles quem elaboram as regras.
Dinâmica 17: Emocionômetro
É um quadro de pregas com quatro "caretinhas": ALEGRE, TRISTE, MEDO, NORMAL (sem grandes emoções), entre outras. Os alunos encaixam seus nomes na fileira da caretinha que expressa como estão se sentindo naquele dia e, em seguida, verbalizam o porquê.
A turma conversa e, se for o caso, propõe alternativas para resoluções de determinados problemas.
Projeto 1: O AMBIENTE QUE TEMOS E O AMBIENTE QUE QUEREMOS
A educação ambiental deve estar presente de forma interdisciplinar em todo o currículo escolar. Assim poderá atingir todos os cidadãos por meio de um processo pedagógico participativo, que procure construir no educando uma visão crítica sobre as questões ambientais.
É notória a progressiva degradação ambiental que favorece o esgotamento das reservas naturais e dos recursos não renováveis. Diante desta problemática, deve-se promover a formação de conhecimento, de atitudes e de habilidades necessárias à preservação e melhoria de qualidade ambiental. Este projeto visa a envolver toda a comunidade para debater as questões socioambientais, buscando estratégias para diminuir as agressões ao meio em que vivemos, bem como desenvolver ações que contribuam para a melhoria de vida na comunidade e na escola.
Acontecendo na prática
Em princípio, o tema foi explorado em sala de aula, por meio de leitura e pesquisa, produções textuais, exibição de documentários, aulas expositivas dialógicas, discussões e debates. Após esta etapa, iniciamos as atividades práticas, quando foram feitas oficinas para produção de objetos reciclados, painéis educativos, pinturas no muro da escola, trabalhos utilizando o papel reciclado, maquetes com o tema "o ambiente que temos e o ambiente que queremos" e confecção de um jornal ecológico, registrando os efeitos positivos, as soluções criativas, mensagens e dicas.
A organização da escola foi um processo fundamental: com latas específicas para a separação de lixo seco e orgânico, cartazes e placas indicando ações, como "não jogue lixo no chão", "poupe água",etc.
Ao final do projeto houve exposições com as obras de arte dos alunos, em que os pais puderam visitar os estandes, conhecer a reciclagem e participar das palestras, recebendo ainda lembranças recicladas produzidas pelos próprios alunos.
Avaliação do projeto
Percebemos a conscientização dos alunos no que se refere à coleta seletiva do lixo e à própria limpeza do ambiente escolar. Também fizeram inúmeros trabalhos reciclados, foi construído um sofá com garrafas PET. Grande parte do pátio escolar foi tomado pelas maquetes que produziram, mostrando o ambiente que eles tinham e o que sonhavam. A horta na escola é uma experiência que vem dando certo em muitas instituições. Na nossa não foi possível devido ao espaço não ter sido propício. Mas houve o plantio de algumas árvores nas mediações da escola. É perceptível a conscientização dos nossos alunos, resultados ainda maiores teremos em longo prazo.
Duração: seis meses.
Componentes curriculares envolvidos: todas as disciplinas se envolveram. Houve algumas reuniões onde discutimos ideias e sugestões. Houve articulação da professora responsável.
Turmas atendidas: Ensino Fundamental.
Objetivos:
• Promover e discutir a importância da educação ambiental na escola, garantindo aos alunos e a toda a comunidade escolar a conscientização e formação de atitudes para a modificação de práticas nocivas ao meio ambiente;
• Desenvolver valores, atitudes e posturas éticas;
• Perceber como os problemas causados pela poluição atingem diretamente a sociedade;
• Sensibilizar e capacitar os alunos como agentes multiplicadores dos princípios de reaproveitamento e reciclagem de papel, de modo a estimular a preservação e conservação dos recursos naturais;
• Mobilizar os alunos e a comunidade sobre a responsabilidade de todos para a modificação de atitudes nocivas ao meio ambiente;
• Promover a reutilização e a reciclagem do papel descartado na unidade escolar;
• Desenvolver ações práticas de coleta seletiva do lixo como forma de educar e mudar comportamentos.
Atividades para diferentes disciplinas
Língua Portuguesa: Trabalho de conscientização e concurso das melhores frases educativas para exposição em todo o colégio. Confecção de jornal escolar ecológico.
Pesquisas e produções de textos, realizar trabalhos que relacionem a devastação ambiental à lógica do capitalismo, trabalhar valores e comportamentos.
Matemática: Trabalhar com estatística, tabelas e gráficos relacionados com dados ambientais.
Ciências: Conhecer as plantas e diferenciá-las em relação aos tipos comestíveis, medicinais, as que servem para fornecer madeira, entre outros. Colecionar os diversos tipos de folhas, estudar suas diferenças, ensinar a desidratar as folhas e flores, e com elas formar pequenos quadros. Criação da horta da escola. Fazer o reaproveitamento do lixo orgânico.
Educação Artística e Artes: Produção de objetos reciclados para exposição. Produção de trabalho com o papel reciclado.
Geografia: Confecção de maquetes, orientar um debate sobre questões (desmatamento e queimadas, efeito estufa, pesca predatória, aquecimento global).
Projeto 2: JORNAL DA ESCOLA. TUDO DE BOM!
A Escola Municipal Professor José Sobreira de Amorim, de Fortaleza, CE, criou o Jornal do Futuro. Está sendo uma forma de trazer a realidade cotidiana dos alunos para o currículo escolar. Os resultados são alentadores.
O Jornal do Futuro visa a superar o baixo rendimento dos alunos, a partir da melhoria da leitura e da escrita, bem como estimular a expressão oral e produção textual. As matérias publicadas incluem tipos e gêneros textuais diferentes, presentes no convívio social e na vida do aluno: artigos de opinião, poesias, notícias, concursos, acrósticos, charges, dicas (saúde, esporte, trabalho, vivências), recados, bilhetes, cartas, crônicas, contos, diários, receitas, entrevistas, histórias em quadrinhos, resenhas (livros, filmes), adivinhações, charadas, desafios matemáticos etc.
Todos os alunos que produzem querem ver seus textos no jornal. Infelizmente, isso não é possível num jornal que dispõe de apenas quatro páginas. Temos que fazer uma seleção cujos critérios adotados, entre outros, são: diversidade de tipos e gêneros textuais, priorização dos aspectos textuais (coesão e coerência); não discriminação de textos devido a erros gramaticais ou ortográficos, uma vez que os alunos ainda estão no período de aprendizado das convenções sociais da língua.
O texto selecionado passa pela revisão do aluno juntamente com o professor de sala. Vale enfatizar que as matérias que não entram no jornal do bimestre por não terem sido selecionadas, são expostas num jornal mural no pátio da escola.
Outra forma de motivá-los é expondo em local visível da escola a nova edição e, em um quadro de honras, os nomes dos escritores e desenhistas que colaboraram para a produção daquela edição.
O Jornal do Futuro é trabalhado em todas as turmas, do pré-escolar até a nona série, de acordo com os objetivos enumerados no planejamento do professor. Quando o exemplar chega às salas de aula, são realizadas atividades diversificadas, que vão desde a leitura das imagens à produção de cartas do leitor e artigos de opinião.
Resultados
Para os professores, esse é um projeto muito positivo que tem dado bons frutos à escola, pois oportuniza desenvolver um trabalho a partir das próprias ideias dos alunos, aproximando-os da leitura e da escrita. Outro grande diferencial é a diversificação na metodologia de trabalho em sala de aula devido à diversidade de textos que são explorados, possibilitando o desenvolvimento do senso crítico dos alunos.
E talvez o mais importante: os alunos estão mais interessados e receptivos ao trabalho com o jornal. Para eles, o jornal é tudo de bom. Para alguns, o mais interessante são os textos de sua autoria e os escritos pelos colegas de sala; para outros, as atividades não cansam e são prazerosas, especialmente os desafios, cruzadinhas, caça-palavras, piadas, adivinhações, jogo dos sete erros, pinturas e charadas.
Como criar um jornal escolar
A partir de nossa experiência, sugerimos alguns passos que achamos importantes para o sucesso na criação e manutenção de um jornal:
1) sensibilizar professores e alunos;
2) escolher um coordenador;
3) envolver toda a comunidade escolar na escolha do nome do jornal;
4) buscar apoio para sua publicação junto a organizações não-governamentais ou a Secretaria de Educação do seu estado ou município;
5) caso não haja apoio extraescolar, buscar apoio dentro da escola, junto ao conselho escolar, pais, alunos e grêmio estudantil;
6) incentivar a produção de tipos e gêneros textuais diferentes;
7) estabelecer prazos para a produção e entrega das matérias à coordenação do jornal.
Sugestões de atividades com o jornal escolar
• Apresentar vários jornais locais para que os alunos estabeleçam as semelhanças e diferenças na diagramação, primeira página, manchetes, leads e temáticas abordadas;
• Promover a comparação dos jornais locais com o jornal escolar;
• Solicitar a identificação dos principais elementos de uma notícia: O quê? Quem? Quando? Onde? Como? Por quê?
• Desenvolver a capacidade argumentativa e crítica do aluno, solicitando-lhe que concorde ou discorde de um texto ou notícia através de argumentos convincentes;
• Pedir que estabeleçam a distinção entre fato e opinião;
• Solicitar a enumeração das temáticas abordadas;
• Explicitar os tipos de texto e os gêneros textuais presentes no jornal escolar;
• Incentivar a produção de cartas do leitor ou artigos de opinião sobre um problema da comunidade escolar ou do entorno da escola para publicação em um jornal local.
Projeto 3: CONVIVÊNCIA, UM EXERCÍCIO DE VALORES
Em virtude dos muitos anos de uma educação meramente conteudista, a escola de hoje enfrenta o dilema de conjugar competência cognitiva com formação de valores éticos. Nesse sentido, as diversas áreas do saber anseiam por uma linha educacional capaz de trabalhar o conhecimento científico aliado às possibilidades do uso racional e responsável para com a vida humana.
Esse projeto pedagógico busca, em sua essência, tomar para si esse desafio atual e trabalhar o tema de valores, na intenção de procurar, tanto nas questões práticas do cotidiano quanto no confronto com a realidade social excludente, desenvolver o senso de respeito, justiça, solidariedade e responsabilidade social. Acreditamos que a aproximação da família com a escola seja pré-requisito indispensável nesse processo, posto que a formação de valores se origine e se consolida verdadeiramente na família.
Público atendido: alunos dos anos finais do Ensino Fundamental
Objetivos:
• Desenvolver o senso de cidadania e responsabilidade social;
• Cultivar o exercício de uma moral humanitária;
• Exercitar o sentimento de indignação diante das injustiças;
• Trabalhar o senso de tolerância e respeito à diversidade;
• Priorizar o aspecto humano e espiritual em detrimento do material;
• Cultivar a solidariedade e protestar contra a indiferença.
Componentes curriculares envolvidos: é uma proposta interdisciplinar, portanto todas as disciplinas estarão envolvidas.
Equipe: direção, supervisores, professores, alunos, monitores, merendeiras, vigilantes, secretárias.
Recursos materiais: TV, DVD, aparelho de som, projetor, livros, revistas, jornais e internet.
Avaliação: desenvolvida no decorrer do projeto, compreendida como um processo contínuo. Observará se os objetivos propostos foram atingidos.
Os instrumentos avaliativos utilizados serão trabalhos, realização de debates, elaboração de relatórios, entre outros.
Resultados atingidos
Os resultados do projeto Convivência: um exercício de valores demonstrou que toda ação pautada nos valores tem visibilidade e, como disse o mestre Paulo Freire, "o educando descobre-se como um construtor do mundo e da cultura". Coube a nós, como escola, proporcionar essa ação.
Dessa forma, foi percebida uma transformação em todo o espaço escolar. Entre os educadores, vimos uma maior interação nas relações humanas de empatia, tolerância e maior envolvimento com os nossos alunos. Nesse processo de troca, os alunos demonstraram entre si maior envolvimento com o fortalecimento da amizade, do respeito, da capacidade de perdoar e nas rotinas de sala de aula mais desenvoltura nas atividades em grupos.
Foi importante para nossa equipe desenvolver um projeto como esse e reafirmamos nossa preocupação em formar cidadãos críticos e autônomos, embasados nos valores.
Acontecendo na prática
Em cada bimestre será abordado um tema principal que é composto de algumas ações em conjunto e outras realizadas por cada professor. Abaixo seguem algumas sugestões.
Ética e felicidade
• Exibição do filme "A corrente do bem", com o objetivo de relacionar o nosso bem-estar à satisfação de contribuir com o outro.
• Encontro de formação com os pais.
• Encontro com os alunos sobre o tema.
• Visitas a algumas instituições sociais da cidade.
Paz e solidariedade
• Serão debatidas algumas personalidades que contribuíram para a construção
da paz, como Gandhi, Madre Tereza de Calcutá, Nelson Mandela, Martin Luther King.
• Poderá ser feito um concurso de redação sobre o tema da paz entre as turmas da escola.
Trabalho e promoção da vida
• O trabalho cada vez mais ganhará ares de humanização, oriunda de um coeficiente emocional, característico dos tempos modernos, em detrimento do tecnicismo de períodos anteriores.
• Exibição dos filmes "Tempos modernos" e "O corte" para problematizar a temática do trabalho.
Projeto 4: A PAZ
Descrição do projeto:
"O compromisso com a construção da cidadania pede necessariamente uma prática educacional voltada para a compreensão da realidade e dos direitos e responsabilidades em relação à vida pessoal, coletiva e ambiental." *
Este projeto será aplicado com o objetivo de estimular os alunos a debater sobre ações que afetam a convivência entre os seres e o meio em que vivem.
Este debate será conduzido na direção da constatação da necessidade dos seres viverem em harmonia com todos os demais seres, assim como com a natureza ,para a manutenção da vida em nosso planeta.
Será enfatizada a necessidade iminente de promovermos a paz em nosso dia-a-dia, com atitudes e valores conscientes e bem definidos individualmente, para que se instaure em nossa sociedade a harmonia necessária à boa convivência, iniciando com ações efetivas dentro da escola, na nossa família, em nossa rua, em nosso bairro.
"A educação para a paz garantiria a harmonia do homem com a natureza por meio de um desenvolvimento sustentado e a harmonia entre os seres pelo espírito de solidariedade entre os homens e suas nações... A noção de paz positiva surge da compreensão mais ampla e profunda da própria violência. É uma abordagem transformadora que visa rechaçar todas as formas de violência e não apenas a guerra entre nações e violência física entre indivíduos, mas também aquela instaurada na própria estrutura social e inserida na própria política externa das nações. A paz positiva, além da ausência de guerras, compreende o bem-estar da humanidade como um todo e de cada indivíduo na sua dignidade como ser humano. Este 'estar bem' passa necessariamente pela conquista concreta dos direitos humanos fundamentais: Alimentação, habitação, educação, cultura, lazer, liberdade de expressão, meio ambiente saudável..."*
Objetivos
*Refletir sobre diversos tipos de violência, como: contra crianças, animais, os idosos, a mulher, contra pessoas de opção sexual diferente, contra pessoas de raças diferentes, contra a natureza, contra os direitos do cidadão, contra o bem público, contra o bem particular.
*Refletir sobre os momentos em que é praticada a violência, seus desencadeadores; sobre os locais onde há atos de violência.
*Desenvolver a sensibilidade para a percepção de todas as formas de violência que provocam sofrimento no ser humano.
*Ampliar o conceito de paz como oposição a tudo que fere a dignidade humana em sua integridade física, psicológica e social.
*Conhecer as causas históricas e sociais nas mais diversas situações que provocam a violência: desigualdades sociais, preconceitos, cultura autoritária, individualismo, intolerância, destruição do meio ambiente.
*Estimular o cultivo de valores como: democracia, igualdade, liberdade, solidariedade, tolerância, respeito ao meio ambiente e aos bens públicos e privados.
*debater sobre: o que é a paz; quem pode promover a paz; como me sinto em um ambiente violento; quais fatores são gerados pelos atos violentos em determinadas situações (como campos de futebol, bares, estádios de futebol...); quais contribuições eu dou para que se modifique esta perspectiva; como tenho promovido o entendimento quando me deparo com situações de conflito.
Estimular a compreensão de que:
*Há diferentes maneiras de se promover a paz, desde a paz interior, a paz no ambiente em que vivemos (escola, família, bairro), a paz no planeta...
*Cada cultura, assim como cada diferença deve ser respeitada para manter o equilíbrio em nossa sociedade.
*Meus atos influenciam no meio em que vivo.
*A paz é uma necessidade de nossa sociedade e do planeta.
*Cada um pode disseminar a paz com ações individuais.
*A manutenção da vida no planeta depende da paz.
Conteúdos
Português: Oxítona, paroxítona e proparoxítona, letra maiúscula, concordância verbal, graus do adjetivo, pontuação, produção de texto;
Teatro: Representação de diferentes situações, expressões faciais, oralidade.
Música: Diferentes ritmos, melodias e letras.
Matemática: Porcentagem, fração, expressões numéricas, medidas, quatro operações, histórias matemáticas.
Ciências: O homem e a natureza: O homem e suas relações com o meio, sua interferência e as consequências; água e solo.
Geografia: Vegetação do Rio Grande do Sul, bacias hidrográficas do Sul, fronteiras do Rio Grande do Sul.
História: A chegada dos portugueses ao Brasil, A relação dos índios e do homem branco, a interferência do homem branco na cultura indígena.
Cidadania: O bem público e o bem particular, administração do bem público e sua manutenção, os impostos.
Público alvo
O projeto será aplicado com alunos na idade entre 10 e 14 anos.
Os recursos materiais serão:
Retroprojetor, data show, filme em dvd, vídeo do You tube , livro de história , recortes de jornais e revistas, uso do laboratório de informática para explorar o 'google earth' , mapas, materiais recicláveis, filme em cinema, livros diversos.
As práticas:
Serão realizadas atividades de debate sobre situações de conflito.
Hora do conto.
Confecção de materiais com sucata (símbolos para paz no planeta).
Análise de textos.
Reportagens, crônicas, produção de texto em grupo, duplas e individualmente.
Reflexão sobre o filme 'Azur e Asnar', interpretação oral e escrita do filme e debate sobre o tema central.
Produção de uma música com o tema paz.
Relaxamentos.
Reflexões sobre a música "Era uma vez..." de Sandy e Júnior.
Conclusão do projeto:
Elaboração da "torta da paz", onde os alunos no grande grupo farão uma receita na qual os componentes serão qualidades humanas que acham importantes que as pessoas tenham para promover a paz . Eles escolherão os ingredientes, a medida de cada um para colocar e o modo de preparar. O registro passo-a-passo será colocado no quadro para que copiem. Depois será colocada a receita no papel pardo e exposto no mural da escola.
Elaboração de um projeto de paz, por parte dos alunos, a ser aplicado por cada um na escola, na família, na rua, no bairro..., onde cada aluno será responsável por promover a paz, cultivando em si, e estimulando os outros a cultivar a "torta da paz".
Avaliação;
Os alunos serão avaliados por seu engajamento nas atividades, sua participação, suas contribuições positivas, suas colocações e questionamentos durante os debates. Também serão avaliados em sua postura nas diferentes situações e locais, sua capacidade de trabalho em pequeno e grande grupo. Ao final de cada quinzena será feito um trabalho de avaliação coletiva sobre as atividades, a postura dos alunos e o comprometimento na prática das tarefas.
Projeto 5: Teatro na Escola
Uma Educação Infantil que leva em conta o trabalho interdisciplinar e que visa o atendimento integral das necessidades da criança nesta faixa etária leva em conta as várias facetas do gênero da linguagem como forma de aprendizagem. Assim, o registro do desenvolvimento da criança nestas áreas é de extrema relevância no direcionamento das atividades, visando o desenvolvimento integral do aluno em seu aprendizado.
Na Educação Infantil, o brincar (Corpo e Movimento) é parâmetro para o desenvolvimento integral da criança. Sendo assim, é por meio da brincadeira e da fantasia que a criança se apropria do mundo adulto, das regras e da complexidade sociocultural da sociedade a qual pertence. Sendo assim uma proposta de Educação Infantil de qualidade compreende o papel fundamental do brincar, bem como as possibilidades de compor uma proposta pedagógica que de fato promova um desenvolvimento infantil de qualidade.
Dentro desta proposta, o teatro trabalha uma linguagem que oportuniza formas de manifestação que permite que a criança utilize as diferentes formas de linguagem da sociedade como a corporal, a verbal, a plástica, a escrita, entre outras expressando suas próprias vivências e experiências de maneira mais crítica e como isso, a criança analisa e avalia o resultado de suas ações interagindo de maneira mais eficaz no meio social em que vive.
O Referencial Curricular Nacional (RECNEI) Vol. 3, documento que norteia a organização da Educação Infantil no país, na sua introdução explicita que: O trabalho com movimento contempla a multiplicidade de funções e manifestações do ato motor, propiciando um amplo desenvolvimento de aspectos específicos da motricidade das crianças, abrangendo uma reflexão acerca das posturas corporais implicadas nas atividades cotidianas, bem como atividades voltadas para a ampliação da cultura corporal da cada criança.
Neste contexto, apresenta o movimento como uma importante dimensão do desenvolvimento e da cultura humana. Neste movimento, o teatro como uma das manifestações culturais engloba as expressões e comunicação, também ligada ao desenvolvimento e a aprendizagem das crianças nesta faixa etária possibilitando o desenvolvimento de sua identidade e autonomia.
A Educação Infantil entende que a criança deve ser mediada para estabelecer e ampliar cada vez mais as relações sociais, aprendendo aos poucos articular seus interesses e pontos de vista com os demais, respeitando a diversidade e desenvolvendo atitudes de ajuda e colaboração. De acordo com esta visão entendemos uma criança que:
- Desenvolve uma imagem positiva de si, atuando de forma cada vez mais independente, com confiança em suas capacidades e percepção de suas limitações;
- Descobre e conhecer progressivamente seu próprio corpo, suas potencialidades e seus limites, desenvolvendo e valorizando hábitos e cuidado com a própria saúde e bem-estar;
- Estabelece vínculos afetivos e de troca com adultos e seus pares, fortalecendo sua autoestima e ampliando gradativamente suas possibilidades de comunicação e interação social;
- Hora do Conto – atividades desenvolvidas dentro do componente curricular Linguagem Oral e Escrita através de diálogos com adultos e⁄ou seus próprios pares nas diversas situações de interação social e no faz-de-conta em que estas crianças se expressão via imitação, observação, familiarização com a escrita e leitura através do manuseio e audição de livros, revistas, escuta e encenação de diversos tipos de textos.
- Artes Cênicas – atividades desenvolvidas dentro do componente curricular Música em que este, compreende-se como linguagem e forma de conhecimento que estão presentes no nosso cotidiano como no rádio, TV, brincadeiras, e outras situações de interações sociais que são consideradas como produção, apreciação e reflexão e Artes – O fazer artístico, tem como um dos objetivos a exploração e reconhecimento de diferentes movimentos gestuais, visando à produção de marcas gráficas e complementando com os trabalhos e objetos produzidos individualmente ou em grupo (Vol. 3, p.97).
- Desenvolvimento da Identidade e Autonomia – na construção deste conceito a criança gradualmente, permite-se enquanto ser social a compreender-se e comunicar-se através de múltiplas formas tendo em vista a aquisição de seus próprios limites corporais e isso ocorre de forma efetiva na oportunidade do trabalho com o teatro via histórias infantis entre outras;
Explorar, ampliar, familiarizar e oportunizar a criança na construção de seu conhecimento progressivamente através do movimento plástico e estético do corpo com seus gestos, posturas e ritmos que utilizamos para nos expressar de maneira prazerosa. Com isso formar cidadãos críticos e autônomos que participam do processo social e conscientes de seus direitos e deveres na sociedade com base no respeito mútuo.
Conteúdos
Os conteúdos irão priorizar o desenvolvimento das capacidades expressivas e estéticas, possibilitando a apropriação e interação do movimento corporal em diversas situações de aprendizagem. Isto se dará de forma gradual e espontânea com a participação em diferentes atividades envolvendo a percepção de estruturas rítmicas, controle corporal, escuta de diferentes gêneros musicais, confecções de máscaras, objetos de sucatas, apoiam em situações que envolvam a necessidade a argumentação de ideias e pontos de vista, experiências vividas.
Metodologia
Vygotsky sustenta que todo conhecimento é construído socialmente, no âmbito das relações humanas. Essa teoria tem por base o desenvolvimento do indivíduo como resultado de um processo sócio histórico, enfatizando o papel da linguagem e da aprendizagem nesse desenvolvimento, sendo essa teoria considerada, histórico-social. Este processo, se dá na relação com outro, nas trocas onde o professor aperfeiçoando sua prática constrói, consolida, fortalece e enriquece seu aprendizado. Por isso é importante ver a pessoa do professor valorizar o saber de sua experiência.
Neste sentido, NÓVOA (1997) afirma: A troca de experiências e a partilha de saberes consolidam espaços de formação mútua, nos quais cada professor é chamado a desempenhar, simultaneamente, o papel de formador e de formando.
Neste sentido, o papel do professor é de fundamental importância para a criança ao iniciar a Educação infantil, esta criança está na idade de vivenciar o processo de socialização e estabelecer amizades. Sendo assim, o teatro na escola oferece uma alternativa de ensino, seja como processo para o desenvolvimento das atividades do currículo, seja como oficina de apoio das atividades curriculares.
A metodologia utilizada neste projeto contempla uma ação educativa que visa garantir segundo o (RECNEI) Vol. 3, p. 107, que a criança compreenda e contemple a diversidade da produção artística, também que haja a possibilidade do uso de diferenciados materiais que sejam manipulados e transformados. Ainda, que as trocas de experiências entre crianças sejam respeitados, inclusive nas produções individuais. Tudo isto levando em conta o prazer lúdico como gerador do processo de produção.
Diante destes elementos, o professor deve estar atento no redimensionamento das atividades propostas quando houver necessidade.
A utilização de recursos como TV, vídeo, computadores em sala de aula, internet, visita a escolas e espaços culturais, ida ao teatro, cinema, entre outros, garante situações de aprendizagens significativas no percurso do desenvolvimento da criança.
Assim, nesta organização, estes conhecimentos são (re)pensados e (re)vistos enquanto percebimento de um aprendiz que lida com indivíduos em uma sociedade em constantes mudanças.
Durante o processo de construção deste projeto é importante afirmar que este estará em consonância com a Proposta Pedagógica da Instituição.
Sendo assim, o trabalho será dividido em várias etapas que deverão estar em consonância entre si como:
- Interação dos grupos/turmas através de jogos de percepção e observação do corpo como um todo
- Brincadeiras, músicas de conhecimento comum a todos.
- História o uso da arte de contar histórias para apresentar diversos contos.
- Observação de figuras humanas nas imagens.
- Após leitura de histórias, uso de desenhos e (re)interpretação) destas.
- Jogos com música para a dança e desenvolvimento da expressão corporal, da audição e ritmo.
- Valorização da ação artística e o respeito pela diversidade cultural.
- Trabalho individual e em grupo respeitando o limite e o potencial de cada um.
- Criação de trabalhos manuais através de pinturas, colagens, modelagens, texturas, etc.
- A partir daí iniciam-se os ensaios de fala, coreografias etc.
É essencial que este trabalho requer uma integração plena entre alunos, professores e funcionários da instituição, além de pais e comunidade, pois o desenvolvimento depende da participação de todos, pois envolvem diferenciados conteúdos cada um em seu segmento.
Para planejar cenários, fantasias, adereços, máscaras, entre outros, o desenvolvimento de oficinas entre os participantes devem ser uma constante para que seja confeccionado todo o material a ser utilizado.
As atividades desenvolvidas durante este período podem ser assim distribuídas:
- Rodas da conversa informais e formais
- Leitura de materiais variados como livros infantis, jornais, revistas, gibis, etc.
- Visitas a museu, teatro e cinema da cidade.
- Observação do meio como forma de pesquisa da cultura local e global.
- Confecção de cartazes, jornais, livros referente ao tema abordado.
- Músicas e textos com conteúdos relacionados ao tema escolhido.
- Confecção das fantasias, máscaras para a apresentação da peça, musicais, etc.
- Linguagens cênicas: linguagem falada e escrita, expressão corporal (corpo e movimento), as expressões plásticas, visuais e sonoras na elaboração de peças teatrais.
- Produção de fotos, vídeo e CD
- Participação dos professores em Simpósios e Seminários
- Mostra Cultural com trabalhos realizados pelos alunos bimestralmente, semestralmente ou anualmente.
- Seminário de teatro.
- Auto de Natal.
O processo de avaliação nestas áreas deve ser contínua, através de observações e registros do professor que poderá documentar os progressos do desenvolvimento dos alunos nesta área de atuação. As habilidades conquistadas como linguagem, expressão, ritmo, comunicação, improviso, entrosamento, criatividade, autonomia, respeito as regras sociais, etc, são o norte para que estes sujeitos possam agir como (trans)formadores do faz-de-conta para o mundo real.
Para que se possa avaliar efetivamente se uma criança ou grupo desenvolve-se saudavelmente deve-se pensar em um ambiente que remete a desafios em situações de interatividade podendo ser feita de forma sistemática por todos os envolvidos no processo como afirma ZAMBELLI:
- professores: através da observação e do registro, reunião com pais, atividades confeccionadas pelos alunos.
- alunos: através de produções de atividades relacionadas ao tema
- pais/comunidade: através do envolvimento dos pais com relação a horários de ensaio, presença e divulgação das apresentações, reuniões, participação em oficinas e palestras realizadas na Unidade Escolar
- resultados: mostras culturais, fotos, vídeos e produção do CD da peça teatral e sua apresentação.
Considerações finais
Considerando que através do teatro a criança expressa-se, comunica-se e sociabiliza-se, o professor tem o importante papel que é a mediação da relação da criança com o conhecimento, assim como na constituição da sua identidade e autonomia.
As atividades com modelagem, sucatas, desenho, pintura, etc, é indispensável desde cedo, podendo ser apresentada as crianças como forma de observar, refletir, atuar sobre a sua aprendizagem. A arte de imitar está presente em tudo e cabe ao educador utilizar recursos didáticos adequados para apresentar variadas informações nos momentos certos a estas crianças.
Ao imitar pessoas de seu convívio, a criança está representando. Esta representação de seu cotidiano se dá a partir de desenhos, conversas, dramatizações, etc. Nestes casos, o professor deve estar atento como está ou se dará o desenvolvimento das habilidades de seu aluno, sua inserção social.
No nosso dia-a-dia as formas de comunicação e expressão humana são ferramentas eficientes para planejar ações e⁄ou transformações em uma Educação Infantil de qualidade, consolidada no respeito à criança que aprende.
Neste projeto, o primordial é que a arte do teatro desenvolva amplamente na criança habilidades como a autoestima, formulação de ideias, resolução de problemas, criticidade, etc, tudo ludicamente.
Cabe então, a todos os profissionais que atuam direta ou indiretamente com o ensino da arte, uma reflexão não somente dos processos de sala de aula, mas também do seu papel como cidadãos, protagonistas de uma história.
Projeto 6: Paz na escola? Depende de nós
Veja a atividade com jornal realizada pela professora Deucélia Bernardo Lucio da Silva, da EMEF Profª Maria Celeste Torezani Storch, 1º ano a 4ª série, de São Gabriel da Palha (ES). Essa atividade foi vencedora do concurso de melhores atividades com jornal de 2009, promovido pelo programa A Gazeta na Sala de Aula, do jornal A Gazeta (ES).
Objetivos:
• Tornar a educação para a não violência uma das prioridades da escola.
• Oportunizar que as crianças sejam protagonistas no processo de fortalecimento de uma cultura de paz.
• Desenvolver e fortalecer uma cultura de paz na escola.
• Promover o ato de leitura e escrita.
Desenvolvimento:
• Dramatização da história "O dinossauro rabugento" pelos professores.
• Conversa informal sobre o teatro.
• Apresentação de banner com a frase "Paz na escola, depende de nós", com mascote (dinossauro) para identificação do projeto.
• Escolha de nome para o dinossauro (Dinopaz).
• Produção de texto coletivo com o tema "Paz na escola".
• Confecção de murais sobre o tema, ilustrados pelos alunos.
• Criação de cartazes com ajuda da família, enfatizando a paz na escola e na sociedade, a partir do tema "O que é ter paz?"
• Apresentação de coreografia da música "Paz", da cantora Joana.
• Palestra para orientação de pais e professores com o tema: "Paz e harmonia, esta é a verdadeira riqueza de uma família", proferida pelo pastor Sebastião Coutinho. Participação dos pais em um painel com uma frase escrita por um aluno da escola, antes da palestra, carimbando suas mãos e escrevendo o nome da família embaixo.
• Apresentação para os pais de coreografia com a música "O rap da família"; leitura da matéria "Oito motivos para não faltar às reuniões de pais", do jornal A GAZETA do dia 28/06/09 e trabalho a partir do texto "A história de um coraçãozinho" durante a reunião. Ao final, degustação de um caldo de frango pelas famílias.
• Leitura, interpretação e debate do texto do jornal A GAZETA de 02/08/09, com o título "Amor e paz ensinados em sala de aula para alunos da Serra".
• Dinâmica do coração triste e do coração alegre.
• Produção de texto como o enunciado "Como posso contribuir para nossa escola ter paz?"
• Leitura da matéria "Violência na escola preocupa mais que qualidade de ensino" (A GAZETA, 18/03/09).
• Conversa informal sobre a matéria, mostrando a realidade do ensino brasileiro.
• Levantamento de sugestões e depoimentos das crianças sobre o projeto proposto, procurando descobrir o que fazer para alcançar seus objetivos.
• Confecção de folder alertando sobre a necessidade de paz na escola e no mundo.
• Produção de relato do projeto da paz pelos alunos.
• Leitura da matéria "Família rendida em casa por dois assaltantes" (A GAZETA, 21/09/09).
• Conversa informal sobre a matéria, alertando aos alunos que os indivíduos que praticam crimes foram alunos de uma escola. Questionar como ficam se sentindo os professores que sabem que essas pessoas um dia passaram pelas suas vidas, frequentaram a sala de aula e hoje estão praticando a violência.
• Projeção do filme "Eu quero paz", da Turma do Nosso Amiguinho.
• Produção de poesia a partir do tema do filme.
• Reescrita adaptada da história "Um ato de coragem".
• Apresentação em vídeo da paródia "Paz no Coração", com base na música do cantor Regis Danese.
• Relato das famílias sobre o projeto desenvolvido.
Comentário:
"O projeto Paz na Escola foi maravilhoso. As crianças e as famílias se envolveram, mostrando-nos o quanto a parceria entre a escola e a família dá certo. Observamos que as crianças passaram a respeitar o direito do outro, o recreio ficou mais calmo e eles começaram a entender que a paz precisa ser cultivada no ambiente escolar."
Projeto 7: O Despertar da Identidade Negra
Público-Alvo: Crianças de 4 à 6 anos – Educação Infantil
Crianças de 7 a 10 anos –Ensino Fundamental
JUSTIFICATIVA:
O presente projeto, intitulado "O Despertar da Identidade Negra na Educação Infantil", traduz a necessidade de caráter social e político da escola de desenvolver nas crianças, desde cedo, uma consciência crítica que possibilite ações e atitudes positivas.
Responsável pelo processo de socialização, a escola estabelece relações entre crianças brancas e negras, possibilitando a convivência com diferentes raças e gêneros e a construção da identidade. Ao vivenciar essa proposta volta-se para a observação das diferenças enquanto características e abandonam-se preconceitos que ao longo do tempo da história serviam para a desvalorização dos atributos individuais.
Como expressão de resistência às ideologias que marcaram e marcam a opressão ao negro, existe a manifestação de luta por meio das marchas, nas quais se pretende sensibilizar e conscientizar a comunidade a cerca do respeito às diferenças existentes nos grupos étnicos. Nessa ação vê-se o fortalecimento do compromisso com a defesa da construção do pleno exército da cidadania.
Levando-se em consideração que é preciso educar o indivíduo para a convivência saudável no espaço em que está inserido, ao propor este trabalho, busca-se a compreensão de como são construídas as relações raciais. A importância disso consiste na quebra de preconceitos, inclusão social e promoção da equidade.
"A prática do racismo constitui crime inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de reclusão, nos termos da lei".(Constituição da República Federativa do Brasil - Art. 5ºinciso XLII)
OBJETIVO GERAL:
- Possibilitar o desenvolvimento de valores básicos para a consciência da mistura das três raças que deu origem ao povo brasileiro, para o respeito ao outro e a si mesmo e para que compreendam, respeitem e valorizem a diversidade sociocultural e a convivência solidária em uma sociedade democrática.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
Pesquisar palavras em jornais e revistas.
Registrar palavras pesquisadas.
Ler texto.
Observar o mapa mundo.
Expressar a diferença entre 13 de maio e o 20 de novembro.
Escrever palavras relacionadas ao tema.
Registrar numerais, reconhecendo as quantidades.
Identificar o calendário mensal como parte integrante do calendário anual.
Demonstrar ações de irmandade, fraternidade.
Reconhecer o número de letras das palavras·
Localizar e identificar distâncias.
Pesquisar gravuras/fotos.
Expressar situações vivenciadas ligadas à religiosidade.
Identificar palavras que representem o nome de alimentos de origem Africana.
Resolver pequenos problemas.
Emitir opinião sobre o que é preconceito racial.
Ouvir músicas relacionadas ao tema e mostrar o que percebeu na letra e no som das músicas.
Reconhecer som afro.
Participar ativamente da Oficina do Corpo.
Demonstrar sua compreensão da história tempo de escravidão fazendo ilustração.
Confeccionar maquetes de um quilombo.
Ilustrar a música Canto das três Raças.
Participar da construção do retrato étnico da turma.
Confeccionar pequenos chocalhos, peças de vestuários, utensílios de mesa.
Participar da montagem do painel da fraternidade.
Demonstrar a compreensão das histórias Capoeira, Menina bonita do lenço de fita, Toinzinho no gibi-Zumbi e o dia da consciência negra, Amigo do rei-Ruth Rocha.
Participar da Oficina de beleza.
Participar ativamente das brincadeiras.
Descobrir o sentido de algumas lendas de origem afro.
Culinária Afro –Feijoada e outras comidas.
Sugestões de Atividades:
1ª) Semana: Desconstruindo o 13 de maio
Pesquisa em jornais e revistas das palavras: Trabalho, escravo, Brasil, Portugal e África.
Identificação de palavras pesquisadas através de caça-palavras.
Leitura do texto "Zumbi pensava diferente".
Observação do mapa mundo para localização do Brasil, África, Portugal.
Decomposição da palavra PALMARES para formação de novas palavras.
2º)Semana: Zumbi dos Palmares - O dia 20 de novembro.
Roda de conserva enfocando a diferença entre o dia 13 de maio e o dia 20 de novembro.
Tentativa de escrita de palavras.
Registro de numerais comparando quantidades.
Exploração do calendário mensal.
Exploração do calendário anual com observação de datas que marcam a história de negro.
3º) Semana: Religiosidade
Construção de um glossário com palavra de origem africana.
Rodas de conversa enfocando a irmandade dos homens, que todos somos iguais.
Exposição de ervas presentes principalmente na cultura afro.
Contagem de número de letras das palavras.
Localização identificando distâncias: Perto longe a partir da fala do narrador ao afirmar que os negros cativos vinham de muito longe.
Pesquisa de gravuras ou fotos que demonstrem atos fraternos entre brancos e negros.
Música:
Audição da música "O conto das três Raças" (Clara Nunes).
Exploração de sons afros: tambor, atabaque, berimbau.
Artes:
Ilustração da História Tempo de Escravidão (através de pintura com guache);
Confecção de fantoches com perfil afro;
Construção de retrato étnico da turma: produção de mural com fotos e frases que traduzem as características étnicas e culturais das crianças;
Formação de painel coletivo com personalidades negras que alcançaram a fama;
Construção de maquete de um quilombo;
Confecção de chocalhos, atabaque e berimbau.
Literatura:
Sugerimos as histórias: O ratinho branco e o grilo sem Asas; Menina bonita do laço de fita e a lenda Negrinho do Pastoreio. O amigo do Rei Ruth Rocha e Gibi Zumbi e a Consciência Negra.
Sugestão de Dinâmica no Projeto O Despertar da Identidade Negra
OBJETIVO: Homenagear a etnia afro e acabar com o preconceito racial.
MATERIAL NECESSÁRIO: Bonecos e Caixinhas
*Confeccionar os bonecos com rolos de papel higiênico.
OBS: Bonecos de etnias diferentes.
* As caixas devem ser enfeitadas. Em casa caixa deve conter uma mensagem para que as pessoas abram e leiam.
Dentro da caixa devem conter perguntas como:
- Onde você guarda seu racismo?
- Por que os protagonistas de novelas quase sempre são brancos e os negros empregados ou escravos?
- Seriam mesmo necessário cotas nas universidades se não houvesse racismo?
Cada um lê a pergunta e guarda novamente.
Em seguida debater sobre as questões lançadas.
* As perguntas podem aumentar, diminuir ou modificar-se de acordo com o público, a realidade e faixa-etária do grupo.
TEXTOS:
Texto1: A PAZ
Música: João Donato Letra: Gilberto Gil 1986
A paz
Invadiu o meu coração
De repente, me encheu de paz
Como se o vento de um tufão
Arrancasse meus pés do chão
Onde eu já não me enterro mais
A paz
Fez o mar da revolução
Invadir meu destino; a paz
Como aquela grande explosão
Uma bomba sobre o Japão
Fez nascer o Japão da paz
Eu pensei em mim
Eu pensei em ti
Eu chorei por nós
Que contradição
Só a guerra faz
Nosso amor em paz
Eu vim
Vim parar na beira do cais
Onde a estrada chegou ao fim
Onde o fim da tarde é lilás
Onde o mar arrebenta em mim
O lamento de tantos "ais"
Texto 2: Manifesto 2000
Texto adaptado para crianças pelo núcleo pela tolerância, Departamento de ciências humanas - UNESP
"Sou criança do ano 2008. Sei que no mundo existe muita violência entre as pessoas. Sei que existe também destruição da natureza por toda a parte. Se continuar assim, o mundo de amanhã, quando eu for grande , vai ser ruim. Acredito que tudo isto pode mudar se as pessoas se ajudarem para que todos possam ter uma vida melhor. Acredito que eu também já posso ajudar a melhorar o futuro para nós e para as crianças que ainda vão nascer. E por isso, em minha vida diária, na minha família, na minha escola e na minha cidade, eu me comprometo à:
1) Respeitar todas as pessoas , sejam elas semelhantes ou diferentes de mim.
2)Ser contra as brigas , os xingamentos e todas formas de ofensa ou humilhação entre as pessoas .
3)Não querer coisas só pra mim . Eu quero convidar outras crianças para brincarem com meus brinquedos. Conversar com todos os colegas, não deixando ninguém sentir-se sozinho e excluído.
4)Defender a liberdade de todo mundo falar o que pensa e de cada uma ser de seu jeito, sem prejudicar os outros. Quero ouvir com atenção quando os outros estão falando e não somente eu falar todo o tempo.
5)Cuidar com carinho dos lugares que são de todos, como a sala de aula , o pátio da escola , as praças da cidade , dos animais e de toda a natureza.
6)Ajudar a melhorar o mundo para que todos nós tenhamos o mesmo direito de comer , brincar, ter saúde, ter casa para morar, ter escola para frequentar e sermos felizes."
Produzindo textos antes de saber escrever
Uma das maneiras de os alunos não alfabetizados terem contato com a linguagem escrita é por meio da escuta da leitura de textos produzidos em linguagem escrita. Para isso, é preciso planejar as aulas de modo que haja leitores que possam ler para os alunos que ainda não saibam ler. Os alunos, então, podem:
Ouvir a leitura de contos e recontá-los, procurando aproximar-se da linguagem utilizada pelo autor do texto.
Solicitar que um companheiro registre o texto para posterior publicação.
Gravar o texto — em áudio e/ou vídeo —, lendo-o para que outros possam conhecê-lo.
Ouvir a leitura de notícias e depois ditá-las para que um parceiro que saiba escrever um pouco melhor registre-as, para depois montarem um jornal da classe, mural, impresso ou falado.
Ouvir a leitura de verbetes enciclopédicos para compor fichas descritivas de animais, plantas, povos indígenas — ou outros assuntos — que comporão pequenos cadernos, "dicionários", arquivos, pastas sobre temas específicos em estudo.
Ouvir a leitura de regras de determinados jogos e, depois, produzir regras a serem escritas em folhetos explicativos, para jogos criados pela classe. Estudar sobre determinado assunto, a partir da leitura de textos impressos sobre o tema, e depois apresentar sínteses escritas — registradas por um colega que já saiba escrever (parceiro mais proficiente) — a respeito do que foi estudado, compondo cadernos, arquivos, pastas e murais.
Projetos de leitura e escrita
Os projetos de leitura, escrita e produção de discursos em linguagem oral são importantes ferramentas para trabalhar com a Língua Portuguesa. Apresentamos, a seguir, alguns exemplos de projetos que podem ser desenvolvidos nos anos iniciais de escolaridade:
1. De escrita
Produzir uma coletânea de contos de fadas recontados pela classe.
Produzir uma coletânea de contos reescritos a partir da visão de um dos personagens da narrativa.
Produzir fábulas a respeito de preocupações mais atuais das pessoas, ou fábulas humorísticas.
Produzir um capítulo a mais, a ser inserido em um determinado conto de aventuras lido pela classe ou escolhido pelo aluno.
Produzir uma coletânea de contos policiais e detetivescos elaborados pela classe.
Produzir encartes que contenham instruções para jogos criados pela classe.
2. De leitura
Produzir um jornal mural temático (por exemplo, sobre clonagem, transgênicos, pesquisas a respeito do genoma humano, perdas que a biosfera vem sofrendo, candidatos da próxima eleição e suas plataformas de governo etc.).
Produzir uma coletânea dos melhores contos de ficção científica (ou outro gênero) escolhidos pela classe.
Produzir uma coletânea das diversas versões já produzidas sobre determinado conto de fadas (ou outro gênero).
Organizar um sarau literário sobre a obra de determinado autor.
Gravar uma fita cassete — ou de vídeo — em que sejam lidos contos ou poemas, para enviar a escolas de portadores de deficiência.
Interferindo nos textos lidos:
1. As crianças inventam novos finais para a história a partir de um determinado momento.
2. As crianças são convidadas a trocar as aventuras por outras. Sozinhas ou em grupos podem escolher novas aventuras para o personagem principal. Que outros desafios, ele poderia enfrentar e resolver?
3. O texto pode ser lido em etapas, deixando momentos de expectativa para a próxima leitura.
4. Pode ser feito um trabalho coletivo com duas ou mais salas de aula. Uma parte da história é contada para uma sala e outra parte em outra sala. As crianças se encarregam de contar aos seus colegas de outra turma a parte faltante. É um excelente exercício de memória e de diálogo entre as turmas. Os professores envolvidos podem criar situações muito interessantes de intercâmbio com os alunos.
5. As crianças são convidadas a desenhar os personagens coletivamente.
Oficina ECA
1° Apresentação e integração
- Dinâmica do balão:
Colocar cada qual seu nome dentro do balão, depois que estourarmos os balões cada um apresenta a respectiva pessoa a quem conheceu mediante o nome que se encontrava no balão.
2° Atividade sobre o ECA:
Dividir os participantes em pequenos grupos, ler o ECA e pedir que cada equipe monte uma maneira criativa de apresentar o que é o ECA.
3° Dinâmica: Batata quente
- Montar um círculo e enquanto se canta deixar que a caixa com os casos circule, quando parar a música a pessoa que está com a caixa deve comentar se o caso respeita ou não o estatuto e porquê.
Casos usados:
Mário de 16 anos pintou todo muro escola onde estudava num ato de vandalismo.
Ele foi preso em uma cadeia comum sem o devido processo legal.
As (os) Responsáveis pela escola que Ana Maria frequenta suspeitam que ela está sofrendo maus tratos em sua casa.
A menina de 15 anos sempre aparece na escola com hematomas apesar de ser muito quieta.
Seus professores resolvem comunicar ao conselho tutelar.
Joaquim não frequenta nenhuma instituição educacional, mora próximo à escola, mas não tem tempo nem estímulo para frequentá-la.
Ele acha mais importante trabalhar, seus pais concordaram com este fato apesar dele ter apenas 12 anos.
Marilene tem 21 anos e está grávida, ela foi ao hospital para dar início aos exames do pré-natal, entretanto mandaram que ela procurasse uma clínica particular pois aquela estava em greve.
Sem condições financeiras para pagar pelo atendimento médico ela volta para casa sem dar início ao pré-natal.
Mário, Elisa e outros de sua comunidade rural têm por volta de 10 anos de idade e nunca frequentaram a escola porque não têm meios de transporte para chegar até lá.
Seus pais que também não estudaram não se incomodam com a situação.
Quebra-cabeça
- Pedir para os (as) participantes escreverem e/ou desenharem um direito que aprenderam.
- Pedir para os (as) adolescentes montarem o quebra-cabeça.
Avaliação
6° Encerramento.
Dança Circular: Terra.
Os Jogos |
Tradicionalmente utilizamos o jogo no grupo como uma forma de "passar o tempo", de mudar o ritmo, de criar uma atmosfera relaxada. Entretanto, os jogos como experiência de grupo são um fator importante na sua evolução, em que o conhecimento dos participantes, a afirmação, a confiança e a comunicação interpessoal abrem a porta a novas realidades como a cooperação e a solução de conflitos de forma criativa. Os mecanismos utilizados baseiam-se em valores, estimulam um tipo de relações ou provocam situações concretas que poucas vezes valorizamos. Nós estamos muito influenciados por esta sociedade que nos leva à competição e a uma inclinação forte a ponto de utilizarmos um tipo de jogo também competitivo. Questionar a competição supõe colocar em evidência um fator muito importante da sociedade. Descobrir novas formas de relação e ação que quebrem esta barreira pode ser também um instrumento de mudança na educação e na sociedade. As relações vividas nas situações de jogo podem ser levadas a outras situações concretas da vida. É importante introduzir novas regras nos jogos em que a competição seja um fator importante, de forma que os sentimentos dos adversários como superior/inferior se tornem sentimentos para a realização de uma comunicação e cooperação efetiva, a conquista de objetivos comuns ou a busca do prazer pelo próprio jogo. Portanto, o jogo como instrumento para quebrar as relações competitivas baseia-se em:
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1. Jogos de Apresentação |
Trata-se de jogos muitos simples que permitem uma primeira aproximação e contato. Fundamentalmente, são jogos para aprender os nomes e/ou alguma característica mínima dos integrantes do grupo. Quando os participantes não se conhecem, é o primeiro momento para ir criando as bases de um grupo que trabalha de forma dinâmica, horizontal e distendida. |
2. Jogos de Afirmação |
São jogos em que o papel prioritário é a afirmação dos participantes como pessoas e do grupo como tal. No jogo, são apresentados os mecanismos em que se baseia a segurança em si mesmo, tanto internos (autoconceito, capacidades, etc.) como em relação às pressões exteriores (papel no grupo, exigências sociais, etc.). Trata-se, às vezes, de fazer conscientes as próprias limitações. Outras, de facilitar o reconhecimento das próprias necessidades e poder expressá-las de uma forma verbal e/ou não-verbal, potencializando a aceitação de todos no grupo. E ainda outras, de favorecer a consciência do grupo. O desenvolvimento dos jogos ressalta a afirmação pessoal no grupo e implica em inumeráveis ocasiões na negação ou na desqualificação do outro, em lugar de basear-se na própria realidade. Os jogos de afirmação tentam potencializar os aspectos positivos das pessoas ou do grupo, para favorecer uma situação em que todos se sintam bem, num ambiente promotor. A afirmação é a base de uma comunicação livre e posteriormente de um trabalho em comum, em condições de igualdade. |
JOGOS: |
JOGO: "Abraços Musicais Cooperativos" |
Definição: Trata-se de saltar no ritmo da música, abraçando-se a um número progressivamente maior de companheiros até chegar a um grande abraço final. Objetivos: Favorecer o sentimento de grupo desde a chegada positiva de todos. Material: Um aparelho de música ou um instrumento musical. Ordem de partida: Ninguém deve ficar sem ser abraçado. Desenvolvimento: 1. Uma música soa, os participantes começam a dançar; quando a música para, cada pessoa abraça a outra. A música continua, os participantes começam a dançar, se querem, podem dançar com o companheiro. Na seguinte vez que a música parar, se abraçam três pessoas. O abraço vai ficando cada vez maior até chegar a um grande abraço final. Avaliação: O jogo tenta romper o possível ambiente de tensão que pode haver no princípio de uma sessão ou um primeiro encontro. Cada participante expressará como se sente e como viveu o jogo. |
3. Jogos de Comunicação |
São jogos que buscam estimular a comunicação entre os participantes e tentar quebrar a unidirecionalidade da comunicação verbal no grupo em que normalmente estão estabelecidos os papéis. Estes jogos pretendem favorecer a escuta ativa na comunicação verbal e, por outro lado, estimular a comunicação não-verbal (expressão gestual, contato físico, olhar, etc.) para favorecer novas possibilidades de comunicação. O jogo vai oferecer para elo, um novo espaço com novos canais de expressão de sentimentos em relação ao outro e a relação no grupo. Os jogos quebram os estereótipos de comunicação, favorecendo relações mais próximas e abertas. |
JOGOS: |
JOGO do Zoológico |
Definição: Trata-se de que cada pessoa encontre o seu par, mediante a emissão de um som e os movimentos do seu animal. Objetivos: Conseguir uma cooperação entre o casal para poder encontrar-se o quanto antes. Favorecer a sensibilidade e a escuta. Material: Papel com os nomes de animais (dois por casal). Desenvolvimento:
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4. Jogos de Cooperação |
São jogos em que a colaboração entre os participantes é um elemento essencial. Coloca em questão os mecanismos dos jogos competitivos, criando um clima distendido e favorável à cooperação no grupo. Trata-se de que todos tenham possibilidades de participar e, em todo caso, não fazer exclusão/discriminação no ponto central do jogo. Nos jogos cooperativos, não existe o estereótipo de "bom" ou "mau" jogador; o grupo funciona como um conjunto em que cada pessoa pode aportar diferentes habilidades e/ou capacidades. Em muitas ocasiões existe uma finalidade comum no jogo, isto não quer dizer que este se limite a buscar esta finalidade, senão a construir um espaço de cooperação criativo, em que o jogo é uma experiência lúdica. |
JOGOS |
JOGO: "Pintura Alternativa" |
Definição: Trata-se de realizar uma pintura em conjunto. Material: Papel, pincéis e tinta. Consignas de partida: O grupo deve estar em silêncio. Desenvolvimento:
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5. Jogos de Distensão |
São jogos que fundamentalmente servem para liberar energia, fazer rir, estimular o movimento, etc., no grupo. O movimento e a risada atuam nestes jogos como mecanismos de distensão psicológica e física em todas as suas inter-relações. Estes jogos tentam também eliminar a competitividade, em que a diversão se faz à custa da outra pessoa, para se centrar em situações em que todos participam, ou uma mudança contínua de papéis que propicia a "expansão" do grupo. |
JOGOS |
JOGO: "A Caixa Mágica" |
Definição: Trata-se de ir tirando diversas coisas de uma caixa, de forma imaginária. Objetivos: Estimular a imaginação e a capacidade gestual. Consignas de partida: De uma caixa mágica nós podemos tirar qualquer coisa. Desenvolvimento:
|
JOGO: "Colo Musical" |
Definição: Trata-se de ficar sentado, cada qual no colo de quem está atrás. Objetivos: Favorecer a cooperação e passar um momento agradável. Material: Aparelho de música ou instrumento musical. Desenvolvimento: Todos ficarão de pé, formando um círculo na mesma direção, muito juntos e com as mãos na cintura da pessoa que está na sua frente. Quando começa a música, começam a andar. Ao parar a música, tentam sentar no colo ou sobre os joelhos da pessoa que tem atrás. Se o grupo inteiro consegue se sentar sem que ninguém caia, o grupo ganha. Se alguém cair, será a gravidade que ganhará. |
6. Jogos de Resolução de Conflitos |
São jogos que propõem situações de conflito ou que utilizam algum aspecto relacionado com estes. Constituem uma ferramenta importante para aprender a descrever conflitos, reconhecer suas causas e seus diferentes níveis e interações (pessoal-social, grupal-institucional), como buscar possíveis soluções. Alguns destacam na análise de situações conflitivas, outros nos problemas de comunicação no conflito, nas relações poder/submissão, na tomada de consciência do ponto de vista dos outros, etc. Os jogos de resolução de conflitos não só servem como exercício, mas constituem em si mesmos, experiências que contribuem para as pessoas e para o grupo com elementos que ensinam a enfrentar os conflitos de uma forma criativa. A evolução do grupo leva a uma situação em que se pode desenvolver sua capacidade de resolver conflitos. A base que supõe o avanço nas relações dialéticas afirmação-insegurança, conhecimento interpessoal-ignorância do outro, confiança-individualismo, comunicação e falta de comunicação, cooperação-relações competitivas, supõe de fato uma situação nova em que os conflitos não têm por que ser algo que se deva evitar, senão que devemos resolvê-lo de forma criativa. Para isto, a vivência "de estar dentro" e o distanciamento como mecanismo de análise nos permite ter uma atitude mais afetiva. A seguir, apresentamos alguns jogos que podem ser realizados em sala de aula ou em qualquer situação que possamos superar o conflito através destes jogos. Estes jogos estão baseados no trabalho de Paco Cascón e Carlos Martín, integrantes do Seminário de Educação para a Paz da Associação Pro-Direitos Humanos da Espanha. |
JOGOS |
JOGO: Cartões Descritivos |
Definição: Trata-se de realizar a descrição de uma série de situações de conflito e relacioná-las entre si, tentando tirar outras conclusões práticas (tudo a partir de figuras, desenhos, fotografias ou recortes de revistas ou jornais). Objetivos: Estimular a capacidade de descrição e análise de situações conflitivas e estabelecer relações entre os diferentes níveis de conflito (pessoal, social...). Participantes: Se o grupo é muito grande, trabalhar em grupos pequenos. Material: Figuras, desenhos e fotografias ou recortes de revistas ou jornais. Desenvolvimento:
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JOGO dos Triângulos |
Definição: Consiste em chegar a uma síntese a partir de uma situação de conflito. Objetivos: Aprender a valorizar as situações de conflito e estabelecer possibilidades novas de resolução. Participantes: Se o grupo é grande, trabalhar em pequenos grupos. Material: Série de figuras, fotografias, desenhos, caricaturas e recortes de jornal ou revista. Desenvolvimento:
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JOGO: "Gato e Rato" |
Definição: Trata-se de interiorizar o conto e ir vivendo-o, a medida que vai se lendo. Objetivos: Reflexionar sobre as relações de superioridade-submissão e definir os elementos que devem existir para que uma relação seja equilibrada. Participantes: Em grupos. Observação: Ler atentamente, mas com animação, e marcar largas pausas entre uma seção e outra, com a intenção de deixar tempo para sentir a situação. Desenvolvimento: Narração do seguinte texto: "Fecha os olhos e imagina que você saiu desta sala e anda por uma calçada muito longa. Chega na frente de uma casa velha e abandonada. Você já está no caminho que conduz à ela. Suba as escadas de uma porta de entrada. Empurre a porta, que ao abrir, chia; olhe ao redor, para o interior de um quarto escuro e vazio.
Observação: A partir de aqui podem estudar as relações internacionais: a relação de força entre os países ricos e pobres; ou as relações entre as pessoas ricas e pobres; ou entre pais e filhos; ou entre o professor e o aluno. |
JOGO: "Compatriotas, Estrangeiros, Diferentes" |
Definição: Trata-se de conhecer as realidades de caráter nacional, regional ou local com os sentimentos que isto implica. Objetivos: Quebrar os preconceitos com respeito às pessoas de outras nacionalidades, cor ou diferenças de qualquer tipo. Participantes: Pessoas de diferentes nacionalidades ou características culturais. Material: Papel, caneta e gravadora. Observação: Obter respostas claras sobre:
1. Os participantes realizam um questionário aos residentes das diversas nacionalidades, etnia ou naturalidade, que terão que responder a essas duas perguntas. Depois, se analisará o questionário e se comparará as respostas obtidas. Caso no grupo não existam pessoas com as características em relação ao tema eleito pelo grupo, podem realizar o questionário fora do grupo e voltar com as respostas obtidas para serem discutidas no grupo original. Avaliação: Trata-se de discutir as ideias que temos sobre os estrangeiros e vice-versa ou pessoas que tenham diferenças físicas-intelectuais-culturais em relação a nós mesmos. Quais são as consequências sobre as realidades nacionais ou locais que se observam? |
JOGO: "Fotos Conflitivas" |
Definição: Consiste em buscar soluções a uma situação de conflito proposto. Objetivos: Tomar consciência de como diferentes pessoas vivem de forma diferente uma situação conflitiva. Imaginar formas criativas de solucionar o conflito. Participantes: Dividir os grupos com 3 a 5 pessoas. Material: Uma ou várias fotos com situações de conflito. Desenvolvimento: 1. Divide-se o grupo em subgrupos de 3 a 5 participantes. Num lugar visível, coloca-se a foto com uma situação conflitiva. Cada grupo discutirá durante um tempo e logo representará em forma teatral, para o resto do grupo, as possíveis soluções que dariam às pessoas retratadas na foto no conflito em questão. Logo expõe ao grupo de forma objetiva sua decisão. Cada grupo pode concentrar-se em uma das pessoas que participam no conflito. Avaliação: Pode contrastar as diferentes situações representadas por cada grupo com a realidade, discutindo porque elegeram essa e não outra, e dialogando sobre as soluções mais convenientes. Observação: Não se trata de chegar a uma solução concreta aceita pelo grupo, apesar de que isto possa acontecer. |
JOGO: "Cadeia de Transmissão" |
Definição: Trata-se de ir contando uma situação, por exemplo, um conflito numa cadeia de transmissão oral. Objetivos: Desenvolver a capacidade de escuta e síntese. Estimular o debate sobre os problemas de comunicação. Participantes: Grupo de 8 a 20 participantes. Desenvolvimento:
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JOGO: "Escutando" |
Definição: Algumas pessoas escutam o desenvolvimento de um conflito e logo tentam reconstruí-lo. Objetivos: Aprender a escutar e descrever um conflito. Desenvolvimento:
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JOGO: "Mata desejo" |
Definição: Trata-se de descrever conflitos e buscar soluções em grupo. Objetivos: Aprender a explicar os detalhes de um conflito e estimular a imaginação e criatividade na busca de soluções. Favorecer a afirmação de um mesmo e o apoio do grupo frente aos conflitos. Material: Quadro de giz, giz, lápis e letreiro. Observação: Formar grupos com menos de 7 pessoas. Desenvolvimento:
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O texto instrucional contém informações sobre procedimentos ou normas adequadas a um determinado contexto, por exemplo: uma receita de comida; uso e dosagens de um medicamento; uso de um aparelho eletrônico; um jogo.
A linguagem deve ser clara e objetiva, identificar todos os passos a serem percorridos, indicar quantidades ou informações relevantes e os cuidados a serem tomados. Relacionar esses conteúdos ao cotidiano do aluno t orna a aprendizagem significativa e prazerosa.
O "Jogo das Instruções" é uma atividade que atende esses objetivos e é uma alternativa para mobilizar o pensamento da criança sobre suas próprias ações e sobre as ações do seu grupo. O registro das instruções e regras de um jogo e a interação entre os elementos do grupo torna mais dinâmica a escrita de um texto instrucional.
O "Jogo das Instruções" parte de brincadeiras conhecidas pelos alunos. O professor pede a eles que tragam de casa um jogo de que gostem, divide a classe em grupos e os deixa jogar na sala de aula. Depois de uma partida, o professor solicita a eles que escrevam as regras que utilizaram para jogar. Esse é um momento precioso para a intervenção na escrita de instruções: clareza das regras, sequência das ações, estabelecimento de critérios de ganhos ou perdas etc.
Como desafio, os grupos podem ser orientados a criar outra forma de jogar o mesmo jogo, enfatizando-se que as ideias devem ser novas, estimulando a reflexão e a criatividade dos alunos. As novas instruções precisam ser testadas pelos jogadores.
Uma possibilidade é trocar os jogos e as instruções escritas entre os grupos, pedir para que joguem a partir das regras escritas pelos colegas e façam a crítica desses textos.
Pode-se associar a discussão sobre as regras a outras situações de convivência e organização coletiva — como escola, casa, trânsito —, ampliando a especificidade do jogo. Por exemplo:
O que acontece quando chegamos atrasados na escola?
Qual a regra que temos de respeitar para atravessar a rua? Por quê?
Podemos falar todos ao mesmo tempo?
Jogos musicais
Várias atividades interessantes podem ser realizadas a partir de músicas conhecidas ou não. Algumas delas exigem certo repertório conhecido pelos participantes por isso a ordem em que essas atividades são realizadas é importante para facilitar a aquisição de um repertório mais vasto.
1-Videokê – leitura de legendas de forma individual ou coletiva.
Disputa pela maior nota na interpretação da música.
2-Quem sabe canta! - parar a música em determinado ponto e deixar que alguém continue a cantá-la.
3-A palavra que falta! – Distribuir a letra de uma música não muito conhecida pelos participantes com algumas palavras faltando. Deixar a canção tocar e cada um completa seu texto prestando muita atenção no que vai ouvir.
4- Qual é a música?
Material: pratos de papelão branco rígido, gizes de cera, folhas brancas e canetas.
Desenvolvimento: Escreva um número atrás de cada prato branco rígido, dê um para cada pessoa e deixe gizes de cera disponíveis. Peça para cada pessoa pensar no nome de uma música. Cada um irá desenhar no seu prato, imagens que representem esta música (sem palavras, só imagens). Cada participante escreve em uma folha de papel, sem mostrar para os demais, o nome da música e o número do prato em que ela está desenhada.
Então, começam a circular os pratos desenhados.
Cada um vai escrever atrás do prato, o nome da música que acha que é. No final, cada um terá seu prato na mão com as possíveis respostas, lerá as respostas em voz alta e falará a resposta correta. Haverá muita risada das respostas erradas e desenhos engraçados.
5- Quem é o intérprete?
Material: um CD de áudio gravado com trechos de músicas de diversos gêneros (30 ou 40 segundos de cada música); folha de papel numerada de acordo com a quantidade de trechos que serão ouvidos, por exemplo, 1 a 20 ou 1 a 30.
Desenvolvimento: deixar o CD tocar e cada participante ou cada dupla anota na sua folha o nome do intérprete que ouviu cantar. Depois de ouvir e anotar, os participantes trocam as folhas e conferem quem obteve mais acertos.
Interpretação Musical - A Casa
O objetivo dessa atividade é trabalhar a letra da música A Casa, de Vinícius de Morais, utilizando técnicas variadas onde a criança, além de cantar, entenderá o significado de cada frase da música, interpretando a letra, fazendo relaxamento, propiciando a socialização, brincando com a expressão corporal e participando ativamente da atividade proposta.
A Casa
Era uma casa, muito engraçada
Não tinha teto, não tinha nada
Ninguém podia entrar nela não!
Porque na casa não tinha chão
Ninguém podia dormir na rede
Porque na casa não tinha parede
Ninguém podia, fazer pipi!
Porque penico, não tinha ali
Mas era feita, com muito esmero
Na rua dos bobos, número zero.
Vinícius de Morais
Sugestões:
* Pode-se desenhar uma casa na lousa e, em seguida apagá-la, pedindo ajuda para que as crianças também o façam.
*Questionar por que a casa some? Como é a casa de cada um, o que acontece com a casa dos nossos sonhos, como são as outras casas.
*Trazer a criança para a nossa realidade, fazendo comentários sobre quem não tem casa; pode-se explorar os diferentes materiais de que as casas podem ser feitas; porque não podia entrar na casa (na música).
*Contextualizar o regionalismo e costumes com dormir na rede.
*Explicar o significado de feita com muito esmero.
Na finalização, podem ser feitas uma ou várias das atividades a seguir: casa feita de sucata por cada criança da sala; dobradura da casa em papel espelho; desenho livre ou pintura em papel Kraft (em conjunto) o que poderá estimular a sociabilização e a criatividade que são muito importantes nessa fase.
Os demais poemas do livro "A Arca de Noé" que foram musicados poderão ser lidos acompanhados por suas respectivas canções.
Leia também:
• As crianças têm muito o que aprender na creche.
• Criança e brinquedos, uma relação de amor e aprendizado.
• O valor da interação na pré-escola.
• Musicalidade no desenvolvimento infantil.
• Educação especial para todos!
Texto "Ética" do livro "Qual sua obra" de Mário Sérgio Cortella, páginas 105 a 141.
Solicitação de materiais para trabalho com jovens estudantes:
Secretaria Nacional da PJE
Av. Luiz Manoel Gonzaga, 744
CEP: 90470-280 - Porto Alegre - RS
Endereço eletrônico: secretaria.pje@gmail.com
Fone/fax: (51) 3328-7009.
BIBLIOGRAFIA
1 – ALVES, R. O MEDO DA SEMENTINHA. São Paulo: Paulinas, 1987.
2 – BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Fundamental. REFERENCIAL CURRICULAR NACIONAL PARA A EDUCAÇÃO INFANTIL, V. 3, Brasília: MEC/SEF, 1998.
2 – KÜHNER M. H. A CRIANÇA E O TEATRO – DE QUE CRIANÇAS FALAMOS?
site: http://www.cbtij.org.br/arquivo_aberto/artigos.htm
3 – FREIRE P. A PEDAGOGIA DO OPRIMIDO. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1997.
4 – _________ A PEDAGOGIA DA AUTONOMIA – SABERES NECESSÁRIOS À PRÁTICA EDUCATIVA. São Paulo: Paz e Terra, 1997.
2 – ZAMBELLI G. D. TEATRO NA ESCOLA: UMA EXPERIÊNCIA DE INTEGRAÇÃO COM DIVERSAS LINGUAGENS. Fonte: www.alb.com.br/anais14/Sem16/C16008.doc